Projeto busca reverter impacto ambiental causado por assoreamento de rios no Pantanal

O grande processo de degradação do Rio Taquari ao longo dos anos levantou um alerta para os impactos ambientais e sociais que o assoreamento dos rios na planície do Pantanal poderia causar

O grande processo de degradação do Rio Taquari ao longo dos anos levantou um alerta para os impactos ambientais e sociais que o assoreamento dos rios na planície do Pantanal poderiam causar.

A partir dessa necessidade, surgiu o Instituto Taquari, que atua para entender os processos de degradação e sugerir ações efetivas com o objetivo de estancar os problemas e restaurar a bacia hidrográfica.

Como ocorreu

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O Rio Taquari é um dos principais formadores da planície pantaneira. Ele nasce e percorre um planalto extremamente arenoso. O processo de ocupação desse Planalto acabou causando uma erosão acima do normal nessas regiões, levando uma quantidade muito grande de sedimento para o Pantanal.

Essa quantidade grande de sedimento no Pantanal acabou enchendo os rios, especialmente a bacia do Rio Taquari. Isso culminou na arrebentação das suas laterais. Isso gerou um impacto ambiental que inundou permanentemente uma área de 650 mil hectares e, em outro lado, o rio ficou seco por 150 km. Ou seja, mudou o curso do Taquari em função do processo de degradação.

O que tem sido feito

Renato Roscoe, diretor-executivo do Instituto Taquari Vivo, explica que o Pantanal passa por diversos desafios ambientais como o fogo e o desmatamento em seu entorno. Contudo, o assoreamento dos rios é mais complexo por ser silencioso e acontecer ao longo de muitos anos.

“Por isso é difícil perceber que ele está ocorrendo. É algo crônico, não tão visível quanto o fogo e o desmatamento. É um problema que existe, com uma solução que não é simples”.

As solução, complexas, são as missões do Instituto Taquari Vivo. Para barrar esse processo de assoreamento nos rios, é preciso atuar no Planalto, pois é onde tudo começa.

Atuação do Instituto Taquari

Por isso, é melhorar os sistemas produtivos no Planalto trabalhando juntos com os produtores rurais e os pecuaristas. O Instituto atua em várias frentes: 

1º – Apoia por meio de incentivos financeiros e técnicos a restauração das áreas de preservação permanentes (Apps) e reservas legais

2º – Realiza a colocação de estruturas para contenção de erosão e faz o redesenho de estradas e bacias de contenção

3º – Auxilia na recuperação de pastagens que precisam ser recuperadas

4º – Oferece assistência técnica gerencial para que as pastagens não voltem a se degradar

“Além disso, na planície pantaneira, apoiamos o projeto de pecuária sustentável e orgânica do Pantanal com a ABPO (Associação Pantaneira de Pecuária Orgânica e Sustentável), que tem projetos de geração de renda para que quem produz mantendo a floresta em pé”, conta Roscoe.