Pesquisadores desenvolvem método para gerar créditos de carbono em áreas de vegetação nativa

A metodologia representa uma ferramenta confiável para a geração de créditos de carbono de origem florestal, o que pode contribuir para a redução das emissões de gases de efeito estufa no país

Pesquisadores brasileiros desenvolveram uma metodologia que permite a geração de créditos de carbono em áreas de vegetação nativa, mesmo que essas áreas sejam protegidas por lei. A metodologia, desenvolvida pela Future Carbon, foi aprovada pela Social Carbon, uma certificadora de padrão internacional.

A metodologia é baseada na estimativa da quantidade de carbono que é armazenado ou removido da atmosfera pelas plantas.

Para isso, são utilizados dados do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) sobre a taxa de crescimento e o estoque de carbono de diferentes tipos de vegetação.

A metodologia também leva em consideração a adicionalidade dos projetos. Isso significa que os projetos devem demonstrar que a preservação das áreas de vegetação nativa é adicional, ou seja, que não seria realizada sem o incentivo do mercado de carbono.

Crédito para o produtor

Agricultural Productivity, Money Yield And Income After Harvest, Crédito Rural

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Esse projeto representa uma oportunidade para que os produtores rurais brasileiros valorizem financeiramente as áreas de reserva legal e de preservação permanente (APP) preservadas em suas propriedades.

“A ideia é que, a partir do desenvolvimento do projeto, ele sirva como um vetor de desenvolvimento econômico, social, humano e ambiental na região onde está inserido, gerando valor, riqueza e impacto social. O projeto acontece de modo a garantir a qualidade na conservação, justificando assim a adicionalidade e viabilizando a emissão do crédito de carbono”, diz Flávio Ojidos Head da Future Carbon.

A UPL, uma empresa multinacional de agronegócios, é uma das parceiras da Future Carbon na implementação da metodologia.

A empresa está oferecendo aos seus produtores rurais a possibilidade de gerar créditos de carbono a partir da preservação de suas áreas de vegetação nativa.

“A UPL tem como propósito reimaginar a sustentabilidade na agricultura, e o desenvolvimento do mercado brasileiro de carbono faz parte desse propósito. Quando tomamos conhecimento da metodologia da Social Carbon para remuneração de ativos florestais em áreas privadas, buscamos um parceiro estratégico. Assim, podemos oferecer aos nossos produtores a oportunidade de mais essa fonte de renda com o carbono de origem florestal, conta Rogério Melo, gerente de agricultura sustentável da UPL.

A metodologia representa uma ferramenta confiável para a geração de créditos de carbono de origem florestal, o que pode contribuir para a redução das emissões de gases de efeito estufa no país.