Saiba mais sobre a pitaya e quais as oportunidades para os pequenos produtores com o cultivo da fruta

O Brasil é o 3º maior produtor mundial de frutas, a maior parte da produção é comercializada no mercado interno, apenas 2,5% é exportado. Um setor pouco lembrado quando se fala em agricultura.

O quadro Fato com Ciência desta quarta-feira (10), destacou um pouco mais de uma das frutas cultivadas no país, a pitaya, também conhecida como fruta do dragão. A produção tem aumentado ano a ano e com a adoção de tecnologia ela representa uma possibilidade de renda para os pequenos produtores.

O presidente do Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS), José Otávio Menten, falou de onde vem essa fruta tão suculenta e atrativa. “A origem é das Américas e ela vem se tornando uma fruta muito procurada em todo o mundo. O maior cultivo no mundo está na Ásia, Vietnã, Tailândia, Indonésia e outros países asiáticos”.

Foto: Alexandre Veloso (Embrapa Cerrados)

Segundo Menten, o cultivo no Brasil começou a partir de 1990, com as primeiras pesquisas e a elaboração de estudos sobre a cultura. Mas foi só a partir do ano 2000 que o plantio da pitaya começou a crescer no país.

“Hoje nós temos pitayas sendo cultivadas em todo Brasil, de norte a sul, com três grandes polos: São Paulo, na região Oeste do estado, Pará e Santa Catarina. São diversas espécies cultivadas, centenas de variedades”, destacou o presidente do CCAS.

A pitaya tem características mercadológicas bastante atraentes, é um fruto ainda pouco conhecido e que agrega renda aos produtores. “São cultivadas em diversos sistemas, mas o que vem prevalecendo hoje é o sistema com tutores, com técnicas avançadas”, disse Menten.

De acordo com ele, recentemente os produtores se uniram e criaram a Associação dos Produtores de Pitaya do Brasil, instituição que deve fortalecer o segmento. Anualmente é realizado o Simpósio Brasileiro das Pitayas que discute os principais desafios para o cultivo da fruta, como o controle de pragas e doenças.