Interior paulista sedia fórum para abordar sustentabilidade e resiliência climática no setor agropecuário
Em um encontro no interior de São Paulo, gestores públicos, líderes do agronegócio e do setor energético discutem medidas concretas para enfrentar os desafios das mudanças climáticas e promover um futuro mais sustentável.
Um futuro sustentável depende de esforços conjuntos, especialmente diante das mudanças climáticas. Para promover discussões e medidas concretas frente a eventos climáticos extremos, um fórum reuniu gestores públicos, líderes do agronegócio e do setor energético no interior paulista.
Quando se pergunta a um agricultor qual é sua principal preocupação, a resposta quase sempre é o clima. A vulnerabilidade das plantações e da pecuária às variações climáticas é uma preocupação constante. Até pouco tempo atrás, a matriz energética do Brasil era fortemente baseada em combustíveis fósseis, um dos principais responsáveis pelo aquecimento global.
A Climatempo, organizadora do congresso, estima que em 2022 foram emitidas 617 milhões de toneladas de CO2 pelas atividades agropecuárias e mais de 490 milhões de toneladas pelos setores de energia e industrial. No entanto, os processos produtivos desses segmentos também envolvem a captura de carbono da atmosfera, conferindo-lhes um papel crucial na transição sustentável do país.
O caminho agora é fortalecer o papel de cada agente social. Eventos como o fórum são fundamentais para discutir a preocupação do setor produtivo e do setor de energia, além de promover a conscientização necessária para enfrentar os desafios climáticos. A recente onda de calor no Rio Grande do Sul é um exemplo claro de como os problemas climáticos estão se tornando mais evidentes, despertando uma maior conscientização na sociedade.
Na última segunda-feira, o mundo registrou o dia mais quente da história, com uma média global de 17,15°C, uma evidência das mudanças climáticas que impactam o agronegócio e o setor elétrico. No entanto, esses segmentos já dispõem de estratégias para enfrentar os desafios atuais. A tecnologia, a inovação e a pesquisa oferecem alternativas viáveis para lidar com essas mudanças.
Para o pecuarista, investir em gado mais resiliente ao estresse térmico e na rotação de pastagens pode ser uma solução. Os produtores podem apostar na integração lavoura-pecuária-floresta, uma prática que tem mostrado bons resultados. No setor energético, promover a resiliência das estruturas para garantir a distribuição de energia de norte a sul do país é essencial para sustentar o agronegócio.
Com a conscientização crescente e a colaboração entre os diferentes setores, é possível construir um futuro mais sustentável e resiliente frente às mudanças climáticas.