Dia do Agricultor: Celebrando o trabalho e a inovação dos produtores rurais
Na Fazenda Bom Jardim, Adriano lidera a adoção de bioinsumos e práticas integradas de manejo de pragas, promovendo uma agricultura mais sustentável e eficiente.
Em Montividiu, no interior de Goiás, a cerca de 280 km de Goiânia, o agricultor e engenheiro agrônomo Adriano está revolucionando a maneira de cultivar desde a safra 2016-2017. Com dedicação à agricultura regenerativa, Adriano implementa práticas agrícolas que mantêm e melhoram a capacidade produtiva do solo.
Em um laboratório instalado na própria fazenda, no modelo conhecido como on farm, são produzidos bioinsumos, produtos à base de microrganismos como fungos e bactérias. Estes bioinsumos agem no controle de pragas e doenças nas lavouras de soja e milho, reduzindo a necessidade de agroquímicos. “Substituímos moléculas sintéticas por ativos biológicos, mantendo microrganismos benéficos no solo e melhorando a densidade nutricional dos grãos”, explica Adriano.
A fazenda utiliza cepas de bactérias e fungos benéficos ao solo, capturados na mata da propriedade e multiplicados em biorreatores. Para reduzir custos, Adriano se associou a outros produtores, formando a Associação dos Produtores de Agricultura Sustentável (Apas), que fornece fungos multiplicados para uso no campo. Esta cooperação resultou em uma redução de mais de 77% no uso de químicos na fazenda.
Além dos bioinsumos, Adriano adota técnicas de manejo integrado de pragas (MIP), utilizando armadilhas espalhadas em mais de 180 pontos para combater lagartas. Estas armadilhas, que atraem mariposas com compostos de essências de flores e mel, eliminam a necessidade de inseticidas químicos.
A tendência de aumentar o uso de bioinsumos no Brasil segue uma demanda mundial por métodos mais sustentáveis e seguros. Na Fazenda Bom Jardim, os resultados são evidentes: uma redução de 31,5% a 61% no custo de produção por safra e um aumento de 13,5% na produtividade média das lavouras.
“Produzir de maneira eficiente e sustentável é nossa maior satisfação. Queremos expandir essas práticas para o máximo de produtores possível, mostrando que é possível preservar o meio ambiente e ser eficiente”, conclui Adriano.