Brasil vai sugerir criação de um fundo global para impulsionar a transição energética

Na COP 29, o Brasil apresentará uma proposta ambiciosa para a criação de um fundo global de transição energética, financiar a transição para a adoção de fontes renováveis ​​e promover uma economia mais sustentável.

O Brasil se prepara para desempenhar um papel de destaque na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 29), que acontecerá em novembro no Azerbaijão. O foco de participação brasileiro será a apresentação de uma proposta para a criação de um fundo global destinado a financiar a transição energética mundial, uma medida essencial para reduzir as emissões de carbono e mitigar os efeitos das mudanças climáticas.

Essa proposta foi discutida recentemente durante a reunião ministerial do G20 sobre transição energética, realizada em Foz do Iguaçu, no Paraná. O evento reuniu representantes das 19 maiores economias do mundo e abordou a necessidade de acelerar o uso de fontes renováveis. Durante o encontro, o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou o papel fundamental do Brasil nesse processo, reforçando a pluralidade energética como um dos principais pilares para a construção de uma economia mais verde e inclusiva.

Um dos principais pontos da proposta brasileira é utilizar os recursos gerados pelo petróleo como fonte de financiamento para o fundo. Embora o petróleo ainda seja uma das principais fontes de energia e receita econômica global, o Brasil defende que parte desses recursos seja destinada à promoção de fontes alternativas, como energia solar e eólica. Atualmente, cerca de 40% da energia gerada no Brasil fornece fontes alternativas, sendo 30% dessa energia proveniente da energia solar fotovoltaica e 10% da eólica.

Giovani Ferreira, diretor da filial sul do Canal Rural, que participou da reunião em Foz do Iguaçu, ressaltou a importância da segurança energética na transição para energias renováveis. Segundo ele, um dos maiores desafios é garantir que essas fontes sejam eficazes e confiáveis, mesmo diante das variações climáticas. Nesse contexto, o governo brasileiro está modernizando a operadora nacional de energia para melhorar o gerenciamento e a segurança das energias renováveis ​​no país.

A proposta de que o Brasil conduza para a COP 29 reflete o compromisso do país em se posicionar como protagonista na agenda climática global. A expectativa é que essa iniciativa fortaleça a liderança brasileira no desenvolvimento e uso de energias renováveis, promovendo uma transição energética que beneficia tanto o Brasil quanto o mundo.