Belém no centro do mundo: Como a COP 30 colocará o agro Brasileiro em destaque

Primeira COP no Brasil, realizada em Belém, será a maior vitrine global para o agronegócio mostrar práticas sustentáveis e liderar discussões sobre mudanças climáticas.

A coluna Palavra de Especialista, conduzida por Renato Rodrigues, estreia 2025 com uma análise aprofundada sobre um evento que promete transformar a narrativa global sobre sustentabilidade: a COP 30, que acontecerá pela primeira vez em território brasileiro, em Belém do Pará. Este marco histórico não apenas posiciona o Brasil no centro das discussões climáticas, mas também abre uma oportunidade única para o agronegócio brasileiro destacar seu protagonismo em práticas sustentáveis.

A importância da COP 30 no Brasil

A Conferência das Partes (COP) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima é o maior evento global sobre mudanças climáticas, reunindo líderes governamentais, organizações não governamentais, empresas e cientistas para discutir ações de mitigação e adaptação. Em 2025, o Brasil se tornará o palco dessa discussão ao sediar o evento na Amazônia, um dos maiores ativos ambientais do planeta.

Renato Rodrigues destaca que a escolha de Belém foi estratégica. “A Amazônia é uma reguladora climática global, mas também carrega desafios como o desmatamento, que será tema central nas negociações,” afirma. Segundo o especialista, a COP será uma vitrine, onde o mundo observará tanto os problemas quanto as soluções do Brasil.

Oportunidades e desafios para o agro

A COP 30 trará à tona debates sobre sustentabilidade nas cadeias de produção agrícola, transição energética e financiamento climático. Renato enfatiza que o agronegócio tem um papel central nesse processo. “A agricultura brasileira já adota práticas regenerativas, como integração lavoura-pecuária-floresta, sistemas agroflorestais e o uso de insumos biológicos. Agora, é hora de mostrar isso ao mundo”, diz.

Além disso, a COP será uma plataforma para o Brasil atrair investimentos em projetos de bioeconomia, restauração de áreas degradadas e mercado de carbono. “Essa é uma chance única de reforçar a imagem positiva do setor, conciliando alta produtividade com baixo impacto ambiental,” aponta Renato.

Preparação para a COP 30

Para aproveitar ao máximo o evento, Renato sugere um esforço conjunto:

  • Setor público: regulamentar o mercado de carbono e criar políticas que incentivem tecnologias sustentáveis;
  • Setor privado: adotar práticas de baixo carbono e fortalecer iniciativas de certificação e rastreabilidade.

“A COP 30 é a oportunidade do Brasil se consolidar como líder global em sustentabilidade,” finaliza Renato.