Em entrevista à COP TV do Agro, na tarde desta quarta-feira (12), a pecuarista Ana Paula Santos, da Fazenda Cigana, localizada em Campestre (MG), contou como tem transformado sua propriedade em um modelo de gestão e rentabilidade. Ela é uma das participantes do programa Fazenda Nota 10, iniciativa da JBS que busca disseminar boas práticas de gestão, sustentabilidade e eficiência na pecuária.
Segundo Ana Paula, o programa tem sido fundamental para aprimorar o desempenho da fazenda. “Inicialmente, temos aulas e um ranking, o que nos permite comparar nossos resultados com outras propriedades. É uma forma de fomentar conhecimento e promover benchmarking, algo que ajuda muito o produtor rural”, afirma.
A Fazenda Cigana é voltada para a pecuária de corte, com foco no engorde de garrotes. Antes dedicada ao cultivo de café, a propriedade passou por uma completa transformação e hoje é referência nacional em produtividade e sustentabilidade. “Temos 18 colaboradores e abatemos cerca de 7 mil cabeças por ano. Embora sejamos uma fazenda de médio porte, nossos índices de rentabilidade são excelentes e já conquistamos diversos prêmios”, destaca a produtora.
Mesmo sendo zootecnista de formação, Ana Paula afirma que a participação no programa trouxe uma constante atualização técnica. “Todo mês recebemos novos conteúdos, o que mantém o aprendizado em dia. O mais importante é poder se comparar com outras propriedades e buscar sempre melhorar”, comenta.
Entre as práticas sustentáveis adotadas na Fazenda Cigana estão a integração lavoura-pecuária, o plantio direto, a rotação de culturas, a geração de energia solar e a compostagem de resíduos. “Acreditamos que é possível ser rentável e sustentável ao mesmo tempo. Nossa usina solar reduziu muito os custos, e a compostagem melhora a qualidade do solo e fecha o ciclo dentro da propriedade”, explica.
Para a produtora, o segredo está em entender a diferença entre custo e investimento. “Cada projeto tem um tempo de retorno, mas é importante dar o primeiro passo. O processo de compostagem, por exemplo, pode levar cinco anos, mas os resultados vêm. E há práticas sustentáveis que não exigem grandes investimentos, como reciclagem ou pequenas composteiras com esterco e capim”, orienta.
