CAMINHOS DO AGRO

CropLife Brasil e IICA lançam documento sobre inovação e clima na COP30

Iniciativa reforça papel do Brasil no uso de tecnologias para reduzir impactos climáticos

Eduardo Leão, presidente da CropLibe Brasil
Foto: Canal Rural

Segundo o presidente da CropLife Brasil, Eduardo Leão, o objetivo é mostrar que inovação e clima estão conectados e que o setor agropecuário tem papel central na transição para uma economia de baixo carbono.

“O produtor hoje tem vários tipos de tecnologia à sua disposição, e é importante que ele use conforme suas necessidades, sempre pensando na produtividade com sustentabilidade, que devem andar juntas”, afirmou.

Inovação tecnológica e sustentabilidade

O documento aborda temas como complementariedade dos insumos, integrando defensivos químicos, biológicos e biotecnologia. A proposta, segundo Leão, é mostrar como o uso combinado dessas tecnologias aumenta a eficiência no campo e contribui para práticas produtivas mais sustentáveis.

Entre os exemplos apresentados estão os avanços no uso de bioinsumos, que têm se expandido rapidamente no país.

Crescimento dos bioinsumos no Brasil

De acordo com levantamento da CropLife Brasil divulgado em maio, o uso de bioinsumos cresceu 13% na safra 2024/25, alcançando 156 milhões de hectares de área tratada. Nos últimos três anos, o setor vem crescendo em média 22% ao ano, ritmo quatro vezes superior à média mundial.

“O Brasil é um dos países que mais adotam essa tecnologia. Cerca de 30% da área agrícola já utiliza bioinsumos de alguma forma, e o potencial de expansão ainda é muito grande”, destacou Leão.

Atualmente, o mercado nacional de bioinsumos movimenta cerca de R$ 5 bilhões, com previsão de crescimento de dois dígitos ao ano. Globalmente, a expectativa é que o setor avance 13% ao ano até 2027, segundo projeções citadas pela entidade.

Perspectivas

A CropLife Brasil também vê oportunidades de ampliar as exportações de bioinsumos desenvolvidos no país. O setor aposta na inovação tecnológica, no manejo integrado e na cooperação internacional como caminhos para fortalecer a sustentabilidade no agro e consolidar o papel do Brasil como referência global em agricultura de baixo carbono.