AGRO NA COP

Produtor rural brasileiro é referência em sustentabilidade , diz coordenador da CNA

Nelson Ananias diz que práticas sustentáveis no campo fazem parte da história do agronegócio brasileiro há décadas

Produtor rural brasileiro é referência em sustentabilidade , diz coordenador da CNA

Durante a tarde desta quinta-feira (13), na transmissão da COP TV do Agro, realizada pelo Canal Rural direto da COP30, em Belém (PA), o coordenador de Sustentabilidade da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), Nelson Ananias, ressaltou que a sustentabilidade no campo é uma prática que já faz parte da rotina do produtor há décadas.

Segundo ele, muitos produtores rurais já aplicam conceitos sustentáveis antes mesmo do termo ser amplamente difundido, como o respeito ao Código Florestal, a agricultura de baixo carbono e o desenvolvimento de práticas de pecuária responsável. “O produtor que respeita o meio ambiente, produz com baixo impacto, está sendo sustentável. Essa é uma atuação que vem de longa data”, afirmou.

Ananias enfatizou que o objetivo da presença dos produtores na COP é mostrar que eles já fazem a sua parte. “A sustentabilidade não se resume à redução de emissões de gases de efeito estufa; ela também é produzir mais, melhor e com responsabilidade. Produzir mais usando menos recursos naturais é uma estratégia que visa maximizar lucro e qualidade”, explicou.

Segundo ele, a sustentabilidade no campo está relacionada a três pilares fundamentais: economia, social e ambiental. “O produtor investe porque quer produtividade, mas também porque deseja ser sustentável. Essa prática decorre de uma lógica de negócios, há mais de 50 anos”, destacou.

Ele reforçou ainda que o setor agrícola necessita de acesso a tecnologias que permitam aumentar a produção com menor emissão de carbono. Tecnologias como plantio direto, integração lavoura-pecuária-floresta, fixação biológica de nitrogênio e irrigação contribuem para a segurança alimentar, ambiental e energética, alinhando o setor aos preceitos do Acordo de Paris.

Por fim, Nelson Ananias destacou o papel do financiamento climático na agenda internacional, especialmente pelos países em desenvolvimento. “O Acordo de Paris estabelece responsabilidades comuns, porém diferenciadas, porque países que precisam de mais desenvolvimento devem fazer isso de forma menos impactante ao meio ambiente. Por isso, o financiamento climático é fundamental: ele traz recursos para que o setor produtivo se adapte às mudanças climáticas e alcance as metas de redução de emissões”, afirmou.

Ele reforçou que é essencial que esses recursos cheguem efetivamente aos produtores rurais, que estão na linha de frente da sustentabilidade no campo. “O financiamento é uma alavanca para que possamos atingir as metas estabelecidas e garantir um setor agrícola mais sustentável e preparado para o futuro.”