SP distribui CEPs na zona rural para garantir cadastros ambientais
Novo sistema ajustará a localização de propriedades rurais. Projeto já foi iniciado na cidade de Itu.
O que fazer quando o GPS não te localiza ou se nem o seu endereço é formalizado? Essa sempre foi uma grande dificuldade para os produtores rurais de algumas áreas. Por isso, um novo CEP entrou em vigor na zona rural de São Paulo. O código digital tem como objetivo facilitar o processo de logística entre os produtores. A identificação já está em prática no município de Itu, que está sendo a cidade piloto.
Para obter o CEP rural, o dono da propriedade precisa cadastrar a área em um aplicativo de celular. Depois, técnicos da Secretaria de Agricultura do estado validam as informações. Após isso, o endereço já pode ser encontrado pelo GPS. Até o fim do ano que vem, a expectativa é de que 350 mil propriedades do estado de São Paulo recebam o CEP rural.
Segundo Alexandra Martins, Coordenadora do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Itu (Senar), a zona rural ela sempre ficou de lado nessa questão de correspondência. “Nós acabávamos cedendo o nosso espaço, endereço tanto físico quanto eletrônico para que os produtores pudessem receber contas de água, energia, etc. Porque hoje devido à pandemia, tudo se tornou muito digital. Então essa entrada do plus code vai facilitar o acesso à tecnologia do produtor rural”, afirmou.
“Os produtores mais ‘antenados’ já tem dado alguns feedbacks positivos, mas a nossa intenção e parceria com a prefeitura agora é catalogar todas as propriedades. Porque são mais de 1.200 endereços rurais ainda não tão identificados. E também o plus code ela vai ajudar na questão da segurança no campo. Porque vai facilitar com que um monitoramento evolua no campo, trazendo segurança ao produtor rural.
A reportagem do Planeta Campo esteve na Fazenda do Chocolate, uma das propriedades históricas mais frequentadas no interior de São Paulo. O proprietário Luiz Hacker, conta que o CEP Rural trouxe facilidade nas operações da fazenda. “O CEP rural traz a localização perfeita para clientes, polícia, ambulâncias e tudo o mais, o que ajuda bastante. Nós ainda aqui estamos em um lugar de fácil acesso, mas muitos sítios e fazendas aí consideradas rurais aí de difícil localização, com isso facilitou bastante”, apontou.
A previsão é que até o final de 2022, cerca de 350 mil propriedades sejam mapeadas pelo projeto. Os produtores precisam fazer um cadastro para que técnicos da secretaria de agricultura validem as informações e o endereço apareça no GPS. Preencher essa lacuna de geolocalização no ambiente rural é importante para que os produtores não percam oportunidades futuras, tanto em sustentabilidade com nas questões de crédito de carbono.