16% de redução
Pecuária brasileira aumenta produtividade e diminui pastagens
Com boas práticas de produção, setor cresce sem a necessidade de abrir novas áreas
Nos últimos anos, as áreas de pastagens utilizadas pela pecuária brasileira vêm reduzindo significativamente ao mesmo tempo em que observamos o aumento da produtividade. De acordo com os últimos Censos Agropecuários divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), desde 1996 vem acontecendo uma diminuição constante das áreas destinadas ao pastejo dos bovinos. Passamos de um total de 177,93 milhões de hectares dedicados às áreas de pastagens naquele ano para 149,67 milhões em 2017, o que representa uma redução de aproximadamente 16%.
Por outro lado, com a adoção de tecnologias modernas e intensificação da produção, o rebanho bovino só aumentou e, atualmente, é o maior do mundo com 218,2 milhões de cabeças, de acordo com a Embrapa.
O crescimento da pecuária brasileira baseado em ganhos de produtividade também se reflete no nosso volume de exportações. Em 2020, o Brasil foi o maior exportador de carne bovina do mundo, com 2,2 milhões de toneladas e 14,4% de participação no mercado internacional, seguido por Austrália, Estados Unidos e Índia, segundo dados divulgados pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Esses dados mostram que a expansão da pecuária não está atrelada a abertura de novas áreas, mas sim a utilização de boas práticas de produção. Nas últimas décadas, produtores rurais de todo o país vem adotando com cada vez mais frequência técnicas para encurtar o ciclo de produção, aumentar a qualidade dos pastos e da nutrição dos animais, melhorar a sanidade dos bovinos, introduzir o melhoramento genético nos rebanhos, entre outros ganhos.