Petrobras faz parceria com empresa para produzir diesel verde no Paraná
Cooperação faz parte de iniciativa da estatal para reduzir emissão de gases; diesel verde deve se expandir no país
A Petrobras vai fazer uma parceria com uma empresa do Paraná para produzir diesel verde. O combustível é composto por matérias-primas renováveis, como o óleo de soja, por exemplo.
A tecnologia pode gerar até US$ 600 milhões em investimento até 2026.
O diesel verde já é utilizado em países da Europa e dos Estados Unidos. No Brasil, a tecnologia vai ser explorada na Refinaria Getúlio Vargas, em Araucária, no Estado do Paraná.
O que é o diesel verde?
O combustível sai da refinaria com cerca de 95% de diesel mineral, ou seja, derivado de petróleo, e 5% de diesel renovável, a base de óleo de soja.
O consultor de planejamento de marketing da Petrobrás, Ricardo Pinto, disse ao Planeta Campo que a empresa pode acrescentar até 10% do diesel verde na mistura que chega ao consumidor final, mas optou por iniciar o fornecimento com 5%.
A quantidade de diesel verde, apesar de parecer pequena, reduz 70% das emissões de gases do efeito estufa, em relação ao diesel mineral puro.
“A transição energética está crescendo no mundo, a gente tá em fase de transformação, e a gente tem que estar alinhado com o acordo de Paris, com as metas de reduções de emissões de gases do efeito estufa”, comenta.
Quando começa a produção?
O contrato entre a estatal e empresa privada garante a aquisição de óleo de soja refinado pela petroleira, que será destinado à produção de diesel verde R5, combustível produzido a base de óleos vegetais.
A estimativa é que a produção do diesel verde comece em setembro.
De acordo com Ricardo Pinto, esse é o primeiro passo que a estatal dá para reduzir a emissão de carbono nos produtos.
O futuro
A previsão é de que 1,5 milhão de litros devem ser destinados aos primeiros testes comerciais do produto.
Segundo o Gerente de Mercado Interno de Diesel, Leonardo Machado, a Petrobras deve expandir a produção para outras duas refinarias no Sudeste.
Além disso, a empresa deve investir na produção autônoma da matéria-prima renovável.
“A Petrobras vai investir na construção de uma unidade e a produção não vai ser de um produto que já sai misturado”, disse.