Agronegócio brasileiro destaca papel na segurança alimentar e climática na COP28

Segundo Muni Lourenço, vice-presidente da CNA, o agro brasileiro tem de ser valorizado por desempenhar um papel importante na produção de alimentos para cerca de um bilhão de pessoas

O setor agropecuário brasileiro participou ativamente da COP28, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, realizada em Dubai. A CNA, que representa o setor produtivo do agro brasileiro, foi uma das representantes oficiais do Brasil na conferência.

De acordo com a entidade, o objetivo da participação do agro brasileiro na COP28 foi fornecer informações precisas sobre o setor e sua contribuição para os desafios globais de segurança alimentar, climática e energética. A relação entre essas questões foi destacada durante a conferência.

Papel central do Brasil

Mudanças Climáticas, Agro

Foto: Canva/MagicMedia

O Brasil tem uma posição central e relevante no contexto mundial das questões climáticas e ambientais.

Segundo Muni Lourenço, vice-presidente da CNA, o produtor rural brasileiro tem de ser valorizado por desempenhar um papel importante na produção de alimentos para cerca de um bilhão de pessoas.

“O Brasil é o segundo maior produtor de alimentos do mundo, e é responsável por cerca de 12% da produção mundial de grãos, devemos ser mais valorizados pelo que fazemos pelo mundo.”

Com relação às energias renováveis, Lourenço também ressaltou o país como pioneiro em energias limpas e viu o acordo final da COP 28 como importante para o combate às mudanças climáticas.

“O texto final da COP28 sinalizou a substituição gradual dos combustíveis fósseis pelos próximos anos. O Brasil possui uma matriz energética limpa e pode ampliar sua produção de energia renovável. Isso representa uma oportunidade para atender à demanda mundial por energia limpa”, diz.

A proposta de valorização das áreas florestais preservadas nas propriedades rurais, como as reservas legais e as áreas de APP, também foi apresentada na COP28.

A CNA defende o reconhecimento e a legibilidade dessas áreas para efeito de créditos no mercado de carbono.

“Ainda não houve um acolhimento dessa proposta, mas a CNA continuará insistindo nesse posicionamento. O objetivo é incentivar os produtores a continuar contribuindo para a preservação ambiental, considerando que eles têm custos para manter essas áreas”, citou o vice-presidente.