Vale do Araguaia se une contra regulamentação ambiental que impede produção
Produtores e autoridades do Vale do Araguaia estão se mobilizando para defender suas atividades e preservar o equilíbrio entre produção e meio ambiente
O Vale do Araguaia Matogrossense é uma das regiões mais produtivas do Brasil, considerado o berçário da pecuária nacional. Neste paraíso da agropecuária, as atividades de criar, plantar e colher coexistem harmoniosamente com a natureza.
No entanto, mesmo com um histórico de produção sustentável, a região agora enfrenta uma ameaça à sua forma de vida e economia.
Regulamentação
A ameaça em questão é uma regulamentação que poderia aplicar a lei do Pantanal às áreas úmidas de Mato Grosso. Em essência, essa regulamentação proibiria a agricultura e imporia limitações à pecuária na região. O impacto dessa medida seria desastroso para a produção rural e para a economia do estado.
“O estado de Mato Grosso ficou estarrecido com uma decisão liminar de um juiz monocrático que poderia retirar cerca de 20 bilhões a 180 bilhões de reais anuais da receita da produção matogrossense, além de afetar 35 milhões de cabeças de gado” conta Carmen Bruder presidente da Associação dos Fazendeiros do Vale do Araguaia.
O impacto econômico é tão significativo que resultou em uma audiência pública na última quinta-feira (5) dentro da Assembleia Geral de Mato Grosso para discutir o assunto, com uma participação massiva da sociedade.
Produtores se unem pelo Vale do Araguaia
Foto: Liga do Araguaia
A audiência pública, que atraiu uma grande presença de autoridades, prefeitos, vereadores, agropecuaristas e líderes de diversas entidades, foi um reflexo da seriedade da situação.
“O Vale do Araguaia Matogrossense é uma parte vital da economia de Mato Grosso, e a comunidade está determinada a defender suas atividades e seu modo de vida” relata Bruder.
Os produtores da região estão comprometidos em demonstrar que suas atividades agrícolas e pecuárias coexistem de forma sustentável com o meio ambiente. Por isso, estão baseando sua defesa em estudos técnicos detalhados sobre a região. Além disso, estão investindo em estudos mais aprofundados, incluindo o uso de drones para análises detalhadas em escala 1:25.000, visando mostrar que suas práticas estão em conformidade com as normas técnicas.
A luta continua
A mobilização não se limita apenas à esfera legislativa. Além de buscar a criação de leis adequadas que equilibrem a produção e a preservação ambiental, os produtores também estão se preparando para uma defesa jurídica contra as ações que ameaçam suas atividades.
Como uma das regiões mais produtivas do país, sua capacidade de produzir alimentos e contribuir para a economia nacional é inegável.
“A questão que permanece é: a quem interessa a imposição de regulamentações que poderiam prejudicar de forma tão significativa a produção e a economia do Vale do Araguaia? “, questiona Bruder.