Banco do Brasil libera recorde de crédito rural de R$ 195 bilhões em 2023
O volume liberado pelo banco representa um crescimento de 8,4% em comparação aos desembolsos de 2022
O Banco do Brasil, maior agente financiador do agronegócio no país, liberou de janeiro a dezembro de 2023 mais de R$ 195 bilhões para o setor. Esse foi o maior desembolso de crédito rural da história do banco.
As informações foram divulgadas pelo BB nesta quarta-feira (17). O volume liberado representa um crescimento de 8,4% em comparação aos desembolsos de 2022.
O recorde de recursos destinados ao agronegócio reafirma a importância do papel do BB e dos bancos públicos para o financiamento da produção nacional, com destaque para os investimentos na agricultura do país.
O vice-presidente do BB, Luiz Gustavo Braz Lage, ressaltou a experiência da instituição nas relações com produtores e produtoras rurais. “A expertise nas soluções, no relacionamento e a proximidade com o produtor e produtora rural, com a agroindústria e as cooperativas reforçam a relevância do Banco do Brasil para todos os agentes e segmentos da cadeia de valor do agro”, disse.
Segundo a direção do BB, os recursos do Plano-Safra 2023/24 tiveram um peso importante na carteira de crédito rural do BB. Nos seis primeiros meses da safra foram liberados R$ 120 bilhões, incremento de 5,3% sobre o mesmo período do ano anterior.
O banco permaneceu como o principal agente do governo na aplicação dos recursos oficiais. Dos R$ 217 bilhões desembolsados pelo governo nos seis primeiros meses do Plano-Safra, pouco mais de 55% passaram por agências do Banco do Brasil.
A presidenta do BB, Tarciana Medeiros, reafirmou o papel do BB também no apoio à agricultura familiar.
“Os números comprovam que temos uma atuação fundamental no apoio à agricultura familiar, que exerce uma função relevante na segurança alimentar e ajuda no equilíbrio dos preços dos alimentos em todo o país”, diz o texto.
Crescimento dos bancos públicos
Analistas do mercado financeiro preveem que em 2024 os bancos públicos devem continuar a crescer mais forte do que as instituições financeiras privadas.
Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, que sustentaram um aumento de dois dígitos nas carteiras de crédito ao longo de 2023, devem manter uma expansão mais forte graças ao perfil dos negócios em que atuam e do maior conservadorismo dos pares do setor privado, afirmam os analistas.
Nos nove primeiros meses do ano, a carteira da Caixa cresceu 11,4% em relação ao mesmo período de 2022, batendo em R$ 1,091 trilhão. No BB, a expansão foi de 10%, para R$ 1,066 trilhão. A título de comparação, o Itaú Unibanco, que também tem mais de R$ 1 trilhão em operações, cresceu apenas 5,7% no mesmo intervalo.