
A bioeconomia é o conjunto de atividades econômicas baseada no uso de recursos biológicos renováveis, de maneira sustentável.
Em entrevista ao Planeta Campo, Eugênio Pantoja, diretor de políticas públicas e desenvolvimento territorial do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), disse que esse é mais um dos diferenciais competitivos do Brasil.
“Conseguimos trazer essas discussões sobre a bioeconomia e serviços ambientais como uma oportunidade de negócio para o país. O Brasil se coloca nesse mercado global trazendo a Amazônia como um ativo importante”, diz.
Bioeconomia é solução para Amazônia
A avaliação é que essa forma de se pensar no poder econômico, sem deixar de lado o meio ambiente, foi uma solução para as produções na região amazônica, já que foi possível reduzir as emissões de carbono, aliando o ganho dos produtores e até mesmo a recuperação do bioma da região.
Pantoja acredita que, com tudo isso, há um desenvolvimento dos conhecimentos tradicionais e integração com a ciência, produzindo novas formas de pensar e de proteger os recursos naturais.
A bioeconomia na Amazônia permite uma integridade ecológica da região, que deve influenciar de forma planetária nas mudanças do clima, com manutenção de chuvas que regam toda a produção do agronegócio na região do Cerrado, na própria Amazônia e no Sudeste.
“Desenvolvendo a bioeconomia a gente mantém a floresta ativa, em pé”, resume.
Ganhos econômicos incluídos
Isso, na avaliação do diretor, também traz um ganho econômico exponencial, pois torna o Brasil tão competitivo quanto outros países, mas também ajuda a elevar o próprio potencial da Amazônia.
“Por exemplo, na produção de fármacos, bioquímica, cosméticos, alimentos. É um conjunto de oportunidades que o país tem para se desenvolver de forma mais competitiva nesse cenário atual”, disse.
Em todo o mundo, bioeconomia também é palavra de ordem
As discussões também passam a nível global sobre como a bioeconomia é o caminho do futuro. Nisso, uma oportunidade para o Brasil se destacar e ter como um pilar esse conjunto de fatores, como afirma Pantoja.
“Claro que não queremos propor a substituição do agronegócio como principal pilar econômico brasileiro, mas ter um segundo pilar, atuando de forma conjunta”, explica.