Brasil firma parcerias internacionais para recuperar pastagem degradada

O projeto ambicioso prevê a recuperação e conversão de até 40 milhões de hectares de pastagem degradada, uma iniciativa que pode praticamente dobrar a área de produção de alimentos no país

A Companhia Saudita de Investimento Agrícola e Pecuário (Salic) manifestou interesse em participar do maior programa de produção sustentável de alimentos do mundo, apresentado pelo ministro da Agricultura e Pecuária do Brasil, Carlos Fávaro.

O projeto ambicioso prevê a recuperação e conversão de até 40 milhões de hectares de pastagem degradada, uma iniciativa que pode praticamente dobrar a área de produção de alimentos no país, sem a necessidade de desmatamento.

Essa parceria visa contribuir para a segurança alimentar do planeta e o controle das mudanças climáticas, com a significativa redução na emissão de carbono.

Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica) também se junta ao esforço brasileiro

Programa De Recuperação, Pastagem Degradada

Foto: Mapa

Outra importante parceria foi firmada com a Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica).

Essa entidade, que é uma parceira histórica da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), confirmou o desenvolvimento de mais um projeto conjunto com o Brasil.

O foco central do projeto é a recuperação de pastagem degradada. A Jica se comprometeu a trabalhar em conjunto com o Ministério da Agricultura e Pecuária para a conversão dessas áreas em terras produtivas, fortalecendo a produção agrícola e a sustentabilidade do setor.

Programa de recuperação de pastagem degradada

Pastagens, Biocombustíveis, Brasil

Foto: JBS

O programa desenvolvido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária prevê um importante avanço para a agricultura sustentável no Brasil. A recuperação de até 40 milhões de hectares de pastagem degradada tem como objetivo impulsionar a produção de alimentos de forma ecologicamente responsável, evitando a expansão sobre áreas de vegetação nativa.

Com a adoção dessas medidas, será possível garantir a segurança alimentar e reduzir o impacto das mudanças climáticas, já que haverá a significativa redução na emissão de carbono resultante das atividades agropecuárias.

Cooperação público-privada para o desenvolvimento sustentável

Além da atuação conjunta com órgãos governamentais, como o Ministério de Meio Ambiente, Água e Agricultura da Arábia Saudita (MEWA), a Companhia Saudita de Investimento Agrícola e Pecuário (Salic) também assumirá a coordenação de um grupo no âmbito privado.

Esse segundo grupo será responsável por identificar empresas sauditas interessadas em participar da iniciativa de recuperação de pastagem degradada no Brasil. Essa abordagem público-privada destaca a importância do engajamento de diversos setores para alcançar resultados significativos na área da sustentabilidade agrícola.

Parceria Brasil – Japão busca tecnologias inovadoras

A parceria com a Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica) é mais um exemplo da busca por soluções inovadoras no campo da agricultura sustentável.

A vinda de uma comissão da Jica ao Brasil para se reunir com representantes de instituições financeiras como Banco do Brasil e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Embrapa ressalta o interesse em utilizar tecnologias e conhecimentos avançados para a recuperação de pastagem degradada.

O programa almeja criar um ambiente propício para o desenvolvimento e a adoção de práticas agrícolas cada vez mais sustentáveis, contribuindo para a conservação dos recursos naturais e o aumento da eficiência produtiva.

O legado da sustentabilidade agrícola

Regularizagro | Planeta Campo

Foto: Envato

Essas parcerias internacionais e o programa de recuperação de pastagem degradada representam um marco importante para a sustentabilidade agrícola no Brasil. Com o comprometimento de diferentes atores, tanto do setor público como do privado, será possível avançar na produção de alimentos de forma ambientalmente responsável e socialmente inclusiva.

A aposta em tecnologias e práticas inovadoras contribuirá para impulsionar a economia brasileira, ao mesmo tempo que preserva a biodiversidade e assegura um futuro sustentável para as próximas gerações.