
O capim-pé-de-galinha (Eleusine indica) é uma das gramíneas daninhas mais agressivas e de difícil controle do mundo agrícola, afetando principalmente lavouras de soja, milho, algodão e sorgo.
A espécie preocupa produtores devido à sua alta capacidade de produção e dispersão de sementes, que podem permanecer viáveis no solo por longos períodos, e à crescente resistência a herbicidas tradicionais.
Especialistas afirmam que a praga não poupa nenhuma região agrícola. “Não existe país produtor de grãos que não enfrente o capim-pé-de-galinha. É uma planta extremamente resistente, capaz de sobreviver em solos compactados, com pouco oxigênio e até em períodos de estiagem”, afirma o gerente de marketing da UPL, Rafael Rovêa.
Impacto nas lavouras
Além de atingir lavouras de grãos, o capim-pé-de-galinha já começa a se espalhar por pastagens e canaviais, ampliando o impacto econômico da praga. Na soja, por exemplo, a infestação pode comprometer até 50% da produção. Levantamentos apontam que as perdas podem variar de 10 a 15 sacas por hectare, o que representa prejuízos de R$ 1.300 a R$ 1.900 por hectare, considerando a cotação atual do grão.
Prevenção e manejo
O manejo da lavoura é apontado como a principal estratégia de prevenção. Algumas populações do capim-pé-de-galinha já apresentam múltipla resistência a herbicidas, tornando o uso do glifosato menos eficiente. Desde a safra de 2023, o aumento da resistência contribuiu para a expansão da infestação, reforçando a necessidade de novas ferramentas de controle.
Rovêa destaca que produtos modernos, de fácil manejo, podem oferecer soluções eficientes para reduzir a incidência da planta e minimizar prejuízos aos produtores. A adoção de estratégias integradas de manejo é essencial para proteger a produtividade e a rentabilidade das lavouras.