Climate tech viabiliza acesso dos produtores rurais à sustentabilidade e à descarbonização
A Salva, empresa especializada em análise de dados ambientais e climáticos, tem como foco viabilizar o acesso dos produtores rurais às finanças verdes e ajudar empresas a estruturarem seus planos de descarbonização
A Salva, empresa de inteligência de dados, especializada em análise de dados ambientais e climáticos, tem como foco o desafio de não só viabilizar o acesso dos produtores rurais às finanças verdes, como também ajudar empresas a estruturarem seus planos de descarbonização.
Ao aplicar metodologias, métricas e equações científicas apropriadas para o clima tropical, a climate tech almeja contribuir para melhor remunerar quem preserva e mostrar ao mundo o que o Brasil tem feito de boas práticas, com números precisos e base científica.
Em apenas um ano de mercado, a Salva soma em seu portfólio grandes clientes, como Itaú BBA, Sierentz, Instituto Taquari Vivo, Ubyfol, Valoriza e SLC Agrícola, além de parceiros como a Embrapa, Universidade Federal de Goiás e Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e trabalha para ser o principal ecossistema de inteligência digital para a agricultura tropical.
Com o foco em sustentabilidade para pequenas, médias e grandes empresas, a Salva faz trabalhos que entregam métricas e equações de emissões de gases de efeito estufa (GEE) tropicalizadas para a agricultura, usando a metodologia GHG Protocol (pacote de padrões, orientações, ferramentas e treinamentos para que empresas e governos mensurem e gerenciem as emissões antropogênicas responsáveis pelo aquecimento global), além de soluções agroclimáticas relacionadas às modelagens que medem impactos de eventos extremos.
Um estudo recente do Observatório de Bioeconomia do Centro de Estudos do Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas – FGV, organizou métricas de emissões de gases-estufa na agropecuária brasileira ao levantar a quantidade emitida de metano na criação de bois, touros, bezerros e vacas de leite.
“Os fatores de emissão do Brasil estão tropicalizados há muito tempo. Há quem diga que são distintos dos aconselhados por organismos internacionais, mas temos ferramentas importantes que permitem calcular as pegadas de carbono e emissões em qualquer setor da agropecuária brasileira sem precisar recorrer a mecanismos e calculadoras estrangeiras”, comenta Eduardo Assad, pesquisador do Observatório da Bioeconomia e coordenador do estudo e conselheiro da Salva.
Neste sentido, a pesquisa ainda recomenda que o Brasil melhor estruture e apresente seus números e medidas de emissões da agropecuária para se posicionar como líder da agricultura sustentável.
Em 2023, a Salva priorizou o desenvolvimento e a automação de soluções, além de entregar projetos para alguns clientes que vão virar aplicações escaláveis. Para 2024, a empresa espera um crescimento significativo, em torno de sete vezes a receita de 2023. O modelo de negócio deve englobar, além dos projetos, soluções vendidas em marketplaces.
“Viabilizar o acesso e empoderar os produtores rurais às finanças verdes não é apenas um investimento no campo, mas uma aposta no futuro sustentável do agronegócio. Ao alinhar recursos financeiros com práticas ambientais responsáveis, a Salva reforça seu compromisso com a sustentabilidade, inovação e responsabilidade social, destacando que essas iniciativas não apenas fortalecem as comunidades rurais, mas também pavimentam o caminho para uma agropecuária globalmente consciente e sustentável”, afirma Mariana Caetano, CEO da Salva.
Sobre a climate tech
Criada em novembro de 2022 no Rio de Janeiro, a Salva é uma startup que aplica inteligência de dados para entregar métricas científicas ambientais e de biodiversidade para capacitar empresas a investirem em planos de sustentabilidade mais eficazes e promover a transição para uma agricultura de baixo carbono, visando trazer maior transparência para os processos sustentáveis das agroindústrias.