A Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) diz que as questões 70, 71 e 89 (referência do caderno branco) do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) aplicado ontem apresentam a produção agropecuária brasileira “de forma absolutamente equivocada, pejorativa e descolada de embasamento técnico-científico”. Em nota, a entidade diz que as questões criam desinformação sobre o setor.
A manifestação da Abag ocorre na esteira de uma série de lideranças do setor produtivo que pedem a anulação das referidas questões.
Uma das questões do Enem citadas pela Abag associa o setor à exploração de “camponeses no Cerrado”, afirmando que o agronegócio promove a “pragatização dos seres humanos e não humanos” e outra vincula o crescimento do desmatamento à expansão da soja e da pecuária na Amazônia.
“A inclusão na prova da afirmação de que o agronegócio promove “pragatização” dos seres humanos e não humanos” ressalta um problema conhecido e que precisa ser resolvido pelo governo federal. Estudo recente produzido pela Fundação Instituto de Administração (FIA), entidade vinculada à Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP (FEA-USP), que analisou 9 mil páginas de 94 livros de editoras que fornecem material didático ao MEC, revelou que 88% das menções ao agronegócio são autorais, sem embasamento científico”, destacou a Abag na nota.
A entidade pede que o Ministério da Educação anule as questões e “esclareça à sociedade como interromperá a desinformação”.
“A Abag vai mobilizar outras entidades setoriais, universidades, pesquisadores e educadores para propor apoio ao MEC na atualização do conceito de agronegócio no banco de questões utilizado na elaboração das provas do Enem e demais materiais didáticos distribuídos pelo governo federal”, concluiu a associação na nota assinada pelo presidente, Luiz Carlos Corrêa Carvalho.
Em respeito ao objetivo do Enem e à justa avaliação do nível de conhecimento dos estudantes que concluíram a educação básica, o Ministério da Educação (MEC) precisa anular as questões 70, 71 e 89 da prova aplicada ontem (5 de novembro), pois elas apresentam a moderna produção agropecuária brasileira de forma absolutamente equivocada, pejorativa e descolada de embasamento técnico-científico, induzindo estudantes ao erro e criando desinformação sobre uma atividade essencial para a sociedade brasileira.
A inclusão na prova da afirmação de que o agronegócio promove “’pragatização’ dos seres humanos e não humanos” ressalta um problema conhecido que precisa ser resolvido pelo governo federal. Estudo recente produzido pela Fundação Instituto de Administração (FIA), entidade vinculada à Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP (FEA-USP), que analisou 9 mil páginas de 94 livros de editoras que fornecem material didático ao MEC, revelou que 88% das menções ao agronegócio são autorais, sem embasamento científico.
Portanto, mais do que anular as questões, o MEC precisa esclarecer à sociedade como pretende interromper esse ciclo de desinformação. A Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG) vai mobilizar outras entidades setoriais, universidades, pesquisadores e educadores para propor apoio ao MEC na atualização do conceito de agronegócio no banco de questões utilizado na elaboração das provas do ENEM e demais materiais didáticos distribuídos pelo governo federal.
Como exemplo de iniciativa nesse sentido, merece destaque o trabalho da associação De Olho no Material Escolar (deolhonomaterialescolar.com.br), que tem sido apoiada pela ABAG no desenvolvimento de conteúdos educacionais atualizados sobre o agronegócio, baseados em conhecimento científico e que estimulem perspectivas positivas para os estudantes, nas quais estão inseridos valores como respeito pelas pessoas e o respeito pelo meio ambiente.