21º Congresso da ABAG: ESG é vantagem competitiva para o agro no Brasil
Durante o 21º Congresso da Abag, principal conclusão é que o Brasil leva uma vantagem grande pela adoção do protocolo ESG no agronegócio.
O 21º Congresso da Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), que aconteceu presencialmente pela primeira vez em dois anos em São Paulo, marcou mais um ciclo de debates sobre a importância da tecnologia brasileira a serviço do campo, e como a integração entre todos os setores pode tornar o país um forte distribuidor de alimentos e energia no futuro próximo.
Uma das principais conclusões é que o Brasil tem uma vantagem: o protocolo ESG, que une a governança ambiental, social e corporativa.
ESG é diferencial competitivo para o Brasil
Para o presidente da Embrapa, Celso Moretti, os últimos cinco anos ficaram marcados pela adoção das práticas ESG em todas as cadeias do agronegócio.
“Nós vamos lá, mostramos dados, ciências que foram desenvolvidas, e isso tem ajudado bastante o mundo compreender que a ciência está na base do agro brasileiro”, comemora.
Agronegócio, meio ambiente e mercado
A diretora de sustentabilidade da Friboi, Liége Correia, disse ao Planeta Campo que ficou claro que a integração entre todos os setores –produtores e indústria– é o que faz com que todos saiam ganhando.
“Integrar para produzir mais em menos área, preservando e produzindo com sustentabilidade. É isso que temos que ter em mente a partir de agora”, disse.
ESG também passa por atitudes do governo
O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Lopes, defendeu o uso do etanol, e disse que a agricultura brasileira vive um momento de desenvolvimento social e sustentável.
“Nós temos uma das agriculturas mais sustentáveis do mundo. A nossa agricultura real é sustentável, e nós vamos caminhar mostrando que vamos produzir comida, energia, e o cuidado com a política ambiental. O mundo quer eliminar veículos a combustão, mas não vamos deixar isso acontecer, porque temos o etanol, que tem emissão muito menor”, disse.
Momento sustentável que é possível em um elo com a tecnologia, como afirmou o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Marcos Montes, que foi além: a regularização fundiária é outro passo importante nesse sentido.
“Emitimos 340 mil títulos a essas famílias, que recuperaram a dignidade e puderam se reerguer economicamente, retomar a produção e viver do que realmente eles sabem trabalhar, que é o agronegócio, e agricultura familiar“, afirmou.