Instituto Escolhas incentiva bioeconomia da Amazônia para um futuro sustentável

Sérgio Leitão, diretor executivo do Instituto Escolhas, compartilhou insights sobre os desafios e soluções para promover a bioeconomia na região amazônica

Instituto Escolhas incentiva bioeconomia da Amazônia para um futuro sustentável

No mais recente episódio do Planeta Campo Entrevista, Sérgio Leitão, diretor executivo do Instituto Escolhas, compartilhou insights sobre os desafios e soluções para promover a bioeconomia na região amazônica. Nessa conversa, ele destacou a importância de conciliar a preservação ambiental, o crescimento econômico e o desenvolvimento social como elementos essenciais para o Brasil se tornar um protagonista no mercado dos produtos provenientes das florestas.

O Instituto Escolhas, cujo propósito é fornecer dados embasados para o debate público sobre economia e sustentabilidade no Brasil, desempenha um papel fundamental na busca por superar as divergências presentes nas discussões sobre meio ambiente e economia. Leitão explicou que o instituto produz estudos que se baseiam em evidências científicas, lançando perguntas desafiadoras para gerar informações que embasem o debate público.

Um exemplo relevante mencionado por Leitão foi um estudo realizado pelo Instituto Escolhas que analisou o impacto de uma política de zerar o desmatamento no Brasil. Os resultados desse estudo mostraram que o país já possui áreas abertas o suficiente e que a produtividade poderia compensar a redução do desmatamento, causando um impacto mínimo no Produto Interno Bruto (PIB). No entanto, Leitão ressaltou que é necessário pensar em uma transição justa para as pessoas de baixa renda que dependem das atividades ligadas ao desmatamento.

Planeta Campo Entrevista Sérgio Leitão, bioeconomia
Foto: Planeta Campo

Uma das principais ênfases de Leitão durante a entrevista foi a importância de considerar a pobreza e as pessoas de baixa renda ao buscar uma transição sustentável. Ele destacou a relação existente entre a pobreza e o desmatamento, mostrando que a redução da pobreza contribui para a diminuição do desmatamento. Assim, políticas sociais voltadas para o combate à pobreza devem estar intimamente conectadas às políticas de preservação ambiental, promovendo atividades sustentáveis na bioeconomia.

Ao integrar políticas sociais, econômicas e ambientais, é possível reduzir a pobreza, evitar impactos sociais negativos resultantes do fim do desmatamento e incentivar atividades produtivas que gerem renda e benefícios tanto para o país como para suas exportações, gerando uma forte bioeconomia.

A colaboração entre diferentes áreas é essencial para alcançar um ciclo virtuoso de políticas que beneficiem a todos, em vez de colocar meio ambiente e economia em oposição.

Os participantes da entrevista também discutiram a importância de abordar questões ambientais relacionadas à vida cotidiana das pessoas. Ao tratar de temas como qualidade de vida, emprego e renda, é possível envolver e sensibilizar mais indivíduos para essas questões. É fundamental demonstrar e aplicar políticas ambientais de forma tangível no dia a dia das pessoas, a fim de mostrar que essas políticas também beneficiam diretamente as suas vidas.

Um estudo recente mencionado durante a entrevista ilustrou como a bioeconomia, por meio do plantio de florestas e do cultivo de legumes e verduras, pode contribuir para o combate à pobreza, especialmente na região norte do Brasil, onde há déficit no consumo de hortaliças e uma dependência de alimentos provenientes de outras regiões.

A recuperação de florestas e o incentivo ao plantio de alimentos locais podem contribuir tanto para a preservação ambiental quanto para o desenvolvimento econômico dessas regiões.

Ao unir todas essas perspectivas, é possível alcançar um equilíbrio entre a preservação ambiental, o crescimento econômico e o desenvolvimento social, visando o benefício de todos os envolvidos, principalmente através da bioeconomia. Através de iniciativas como o Instituto Escolhas, busca-se promover um diálogo amplo e embasado sobre as questões do agronegócio sustentável, visando um futuro mais sustentável para o Brasil e o mundo.