Brasil é o país que mais adota uso de biofertilizantes no mundo
A adoção de bioestimulantes também é maior no Brasil, tendo metade dos produtores brasileiros já aplicam o produto nas lavouras
Uma pesquisa realizada pela McKinsey com mais de 5.500 agricultores ao redor do mundo revelou que o agronegócio brasileiro está à frente de outros países quando o assunto é sustentabilidade. Segundo a consultoria, a adoção de práticas sustentáveis no mundo ainda é menor que 50%, mas o Brasil aparece em primeiro lugar neste ranking, seguido pela Europa.
O levantamento da empresa indica que 55% dos agricultores brasileiros utilizam o controle biológico nas fazendas, contra 23% na Europa, 6% nos Estados Unidos e 4% na Argentina.
Para se ter ideia, a média de adoção deste tipo de tecnologia no mundo é de 14%.
Vale lembrar que o controle biológico é uma técnica utilizada nas propriedades rurais para controlar pragas e insetos que transmitem doenças à planta a partir dos seus predadores naturais. Neste caso, insetos, fungos, vírus e bactérias podem ser um grande aliado do produtor rural.
A Mckinsey revelou também que o Brasil é o país que mais adota biofertilizantes no mundo. Cerca de 36% dos agricultores já utilizam este tipo de produto, ante 25% na Europa, 12% nos Estados Unidos e 6% na Argentina. No último ano, o risco de desabastecimento de fertilizantes químicos, gerado pela guerra entre Rússia e Ucrânia, acelerou o uso deste tipo de produto nas lavouras e abriu novas alternativas para o agro.
A adoção de bioestimulantes, utilizados para o crescimento das plantas, também é maior no Brasil. Enquanto a adoção da tecnologia entre os agricultores da Europa é de 28% e nos EUA de 16%, metade dos produtores brasileiros já aplicam o produto nas lavouras.
Dados da consultoria Kynetec, revelaram que o mercado de bioinsumos cresceu quase 70% em valor de mercado na safra 21/22, movimentando R$ 2,9 bilhões. Desde a temporada 16/17, esse mercado subiu 50%, contra um aumento de 14% do mercado de insumos químicos.