Como funcionará o programa de recuperação de pastagens degradadas?
As pastagens degradadas são um problema grave para o Brasil, pois afetam a produtividade do rebanho, comprometem a qualidade do solo e contribuem para as emissões de gases de efeito estufa
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está na iminência de lançar, no Palácio do Planalto, um programa de recuperação e conversão de pastagens degradadas no Brasil. O programa, cujo objetivo é reverter o quadro de degradação de 35 milhões de hectares de pastagens no país, prevê o investimento de R$ 383,77 bilhões.
A degradação de pastagens é um problema grave para o Brasil, pois afeta a produtividade do rebanho, compromete a qualidade do solo e contribui para as emissões de gases de efeito estufa. De acordo com dados da Embrapa, a área de pastagens naturais e plantadas no Brasil soma cerca de 160 milhões de hectares. Desse total, 35 milhões de hectares estão em degradação severa.
O programa de recuperação de pastagens degradadas prevê a adoção de tecnologias como sistemas integrados de produção, como a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), recuperação de vegetação com espécies de leguminosas em associação com microrganismos benéficos, sistemas agroflorestais, sistema de plantio direto, entre outros.
O secretário de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, Guilherme Piai, destacou que o estado já vem trabalhando na recuperação de pastagens degradadas por meio de parcerias com a iniciativa privada e com instituições de ensino.
“Já foram feitos mais 1 milhão de hectares nessa parceria, onde a gente melhorou muito a emissão de gás carbônico na atmosfera, otimizou os processos, melhorou o manejo e aumentou a produtividade no campo”, disse Piai.