
O futuro do agronegócio brasileiro está se moldando com a ascensão dos bioinsumos, produtos de origem biológica derivados da própria natureza.
Essas soluções têm se revelado aliadas eficazes para os produtores, não apenas no combate a pragas e doenças nas lavouras, mas também na melhoria da fertilidade do solo e no aumento da disponibilidade de nutrientes para as plantas.
Além disso, esses insumos contribuem para a redução do uso de defensivos e fertilizantes químicos, minimizando os impactos ambientais da produção agrícola e reduzindo a dependência do Brasil em relação à importação desses produtos.
Bioinsumos: crescimento exponencial
Os benefícios proporcionados pelos bioinsumos têm impulsionado um crescimento significativo desse mercado. De acordo com uma pesquisa da Croplife, entre 2018 e 2022, a taxa de crescimento anual no Brasil foi de 61,2%, especialmente no segmento de biodefensivos.
Essa tendência de crescimento deve continuar nos próximos anos, e há um vasto espaço para expansão. Mesmo com o crescimento constante, os bioinsumos representam apenas 4% do mercado total de produtos utilizados pelos agricultores para a proteção das culturas. Porém, implantar esse tipo de produto não é simples.
“Não é uma receita de bolo. Devemos ter cuidado, pois estamos lidando com agentes biológicos. É necessário utilizar técnicas responsáveis e ter a infraestrutura adequada”, diz Álvaro Dilli, diretor de sustentabilidade da SLC Agrícola durante o Fórum Planeta Campo que ocorre nesta quinta-feira (9) em São Paulo.
Além disso, o diretor destaca que ainda não se pode depender exclusivamente dos agentes biológicos, e sim a sua combinação com os defensivos é essencial para aumentar a produtividade.
Agricultura de baixo carbono
Esses insumos, desempenham um papel estratégico na promoção da agricultura de baixo carbono, e o Brasil tem se destacado em relação ao restante do mundo na produção e utilização dessa tecnologia, consolidando sua posição como líder no setor.
Giuliano Scalabrin diretor de negócios NPP da UPL, destacou durante o Fórum a atuação da empresa no país.
“O Brasil representa cerca de 30% do mercado mundial, sendo o principal foco de investimentos da companhia. Acreditamos na potencialidade dessa região, especialmente na área agrícola, onde trabalhamos com sustentabilidade para garantir a produção de alimentos. Estamos realizando investimentos significativos, sabendo que o Brasil é um dos grandes polos de agricultura do mundo.”
Com uma agricultura mais sustentável, o país avança rumo a práticas agrícolas mais amigáveis ao meio ambiente e resilientes, contribuindo para a preservação dos recursos naturais e a segurança alimentar global.