Soja sustentável: Mato Grosso investe na pegada de carbono

O Instituto Soja Livre (ISL) busca validar internacionalmente a mensuração da pegada de carbono da produção, visando promover a sustentabilidade e a valorização da produção convencional brasileira

A safra de soja convencional em Mato Grosso enfrenta uma perspectiva de declínio de 32% na área de cultivo para a temporada 2023/24, conforme discutido durante a posse da nova diretoria do Instituto Soja Livre (ISL).

Enquanto se preparam para enfrentar desafios no mercado, o ISL busca validar internacionalmente a mensuração da pegada de carbono da produção, visando promover a sustentabilidade e a valorização da produção convencional brasileira.

Cenário de Redução na Área de Cultivo

Soja

Foto: Envato

A projeção para a safra 2023/24 aponta uma queda significativa de 32% na área destinada ao cultivo convencional em Mato Grosso, em comparação com a temporada anterior.

Essa redução é influenciada por múltiplos fatores, incluindo as flutuações nos preços e as mudanças no mercado europeu, que impactam a demanda e a oferta do setor.

Busca pela Validade Internacional da Pegada de Carbono

O ISL está empenhado em uma missão de importância global: validar a mensuração da pegada de carbono da produção de soja convencional.

Essa iniciativa visa avaliar e quantificar o impacto ambiental da produção, contribuindo para práticas mais sustentáveis e para a diferenciação do grão convencional no mercado internacional.

Preço da soja e desafios no mercado europeu

União Europeia

Foto: Envato

Um dos fatores que contribui para a redução na área de cultivo convencional é a queda nos preços, que registrou uma diminuição de aproximadamente 30% no Brasil.

Além disso, as mudanças no mercado europeu, onde a resistência à soja transgênica levava a prêmios para a soja convencional, agora enfrentam desafios devido à perda de poder aquisitivo e fatores geopolíticos.

Promovendo Incentivos Sustentáveis

O ISL reconhece a importância de incentivos para promover a produção convencional de maneira sustentável. A instituição está trabalhando na implementação de prêmios pelo carbono enterrado pela soja, uma abordagem que pode influenciar positivamente a decisão dos produtores em relação ao plantio convencional.

Informações por Ana Moura do Canal Rural Mato Grosso junto com edição de Guilherme Nannini