Bioeconomia Amazônica: desenvolvimento sustentável com tecnologia e inovação

O governador do Pará, Helder Barbalho, destacou, por exemplo, que o Pará está investindo na bioeconomia, planejando exportações na ordem de US$ 120 bilhões

No âmbito dos “Diálogos Amazônicos”, evento prévio à “Cúpula da Amazônia”, realizado em Belém (PA), autoridades e especialistas concordaram na avaliação de que a bioeconomia é a chave para impulsionar o desenvolvimento econômico sustentável na região amazônica.

A tecnologia e a inovação emergem como aliados fundamentais na transição de práticas ilegais para modelos econômicos que preservem o meio ambiente.

Bioeconomia traz transformação rural inclusiva

Bioeconomia, Biodefensivos

Foto: Envato

Maria Helena Semedo, vice-diretora da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), destacou a importância da transformação rural inclusiva na bioeconomia amazônica.

Ela ressaltou a necessidade de reconhecer o papel dos povos indígenas e das comunidades tradicionais da região, envolvendo-os no processo decisório e não apenas como consultados.

Sustentabilidade e Fortalecimento das Cadeias Produtivas

A implementação da bioeconomia requer o desenvolvimento de modelos sustentáveis de transformação e o fortalecimento das cadeias produtivas.

A pesquisa, inovação tecnológica e ciência desempenham um papel crucial nesse processo, enquanto os saberes tradicionais e ancestrais também são valorizados.

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

Bioeconomia

Foto: Envato

Os debates no evento estão focados no cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 1, 2 e 10 – acabar com a pobreza, fome zero e redução das desigualdades, respectivamente.

A busca por sistemas agroalimentares sustentáveis e a preservação da biodiversidade são aspectos-chave para atingir esses objetivos.

Governador do Pará e Perspectivas de Exportação

O governador do Pará, Helder Barbalho, destacou que o estado está investindo na bioeconomia, planejando exportações na ordem de US$ 120 bilhões por ano através do desenvolvimento de produtos potenciais que dialogam de forma sustentável com a floresta.

Papel das Comunidades Indígenas

A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, ressaltou a importância da proteção da floresta e a regularização jurídica para a implementação de novos sistemas de produção.

Ela enfatizou que as comunidades estão trabalhando na construção de planos de Gestão Territorial e Ambiental (PGTAs) para preservar a biodiversidade e promover o etnodesenvolvimento.

Prioridade à Proteção Ambiental

O secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), João Paulo Capobianco, destacou a necessidade de encerrar a destruição da floresta e agressões a povos indígenas e populações tradicionais.

Ele ressaltou que a bioeconomia é viável apenas quando há preservação da floresta.

Investimentos e Agricultura Regenerativa

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, propôs o incentivo à produção de biodiversidade local, agricultura regenerativa, florestas produtivas e agroindústrias. Ele finalizou dizendo que a agricultura deve contribuir para a restauração do bioma amazônico.