BNDES quer investir R$ 100 milhões no mercado voluntário de carbono
O Banco está em busca de projetos que envolvam desmatamento evitado, reflorestamento, agricultura sustentável/regenerativa, geração de energia (biometano, biomassa), entre outros
O BNDES lançou no final de agosto a 2ª chamada pública para a compra de créditos de carbono no mercado voluntário. O orçamento total para a chamada é 10 vezes maior que a primeira, serão R$ 100 milhões de reais.
Em entrevista ao Planeta Campo, o diretor do BNDES, Bruno Laskowsky, explicou um pouco mais sobre como vai funcionar a chamada pública.
De acordo com Laskowsky, o mercado do crédito de carbono é um benefício para todo o País e nesta segunda chamada optou-se por uma proposta mais robusta.
“O fato é que há uma chamada e estamos dispostos a comprar até R$ 100 milhões de créditos de carbono. E isso vai acontecer em duas modalidades: projetos que já emitiram créditos de carbono e projetos que ainda estão em fase de desenvolvimento”, explicou.
Características do projetos
O Banco está em busca de projetos com algumas características, tais como: Redd+ (desmatamento evitado), reflorestamento, agricultura sustentável/regenerativa, de geração de energia (biometano, biomassa), e outros escopos.
Entre os critérios para classificação dos projetos dentro do Banco estão o potencial de geração de crédito de carbono, benefícios associados ao projeto, como o PSA por exemplo, a reutilização da água, a diversidade do microambiente.
“Enfim, um conjunto de características que fazem com que aquele projeto tenha uma série de impactos positivos para que possamos incentivá-los e dar a garantia firme de compra de créditos de carbono”, explicou.
Ainda de acordo com o diretor, a intenção é estimular e sinalizar para o mercado tanto a oferta de projetos como a de potenciais compradores para que eles se juntem ao Banco para o desenvolvimento de uma economia de baixo carbono.
Chamada 10 x mais
O primeiro edital lançado pelo BNDES aconteceu o ano passado e foi da ordem de R$ 10 milhões de reais. A intenção do Banco já é realizar no ano que vem a 3ª, ainda mais robusta e mais inclusiva que a edição de 2022.
“Entendemos o mercado de crédito de carbono como uma vantagem para o País”, pontuou Laskowsky.
O que é o mercado de carbono
Mas afinal o que é o mercado de carbono? Em linhas simples mercado de carbono é a compra e a venda de créditos de carbono, que por definiçao são a NÃO EMISSÃO de dióxido de carbono (CO2) ou dióxido de carbono equivalente (CO2 eq.) na atmosfera.
O mercado de carbono possui duas categorias: o voluntário e o regulado. A principal diferença entre eles é que o regulado é obrigatório e maior e no voluntário, a compra e a venda acontece por interesse das empresas.
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