Brasil precisa investir R$ 3,7 tri para se tornar potência de baixo carbono

O Brasil está entre os maiores emissores de gás carbônico do mundo, porém o perfil de emissões brasileiras é diferente da média mundial, já que o desmatamento é seu principal emissor

Um estudo do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em parceria com bancos privados e mercado de capitais, mostra que o Brasil pode se tornar uma potência de baixo carbono e biodiversidade por ser uma matriz de energia limpa.

Para isso, precisa investir mais de R$ 3,7 trilhões nos próximos 10 anos em energia, saneamento básico, mobilidade urbana, transportes e logística.

As informações foram divulgadas nesta terça-feira (11), durante a conferência Ambição Brasileira: Infraestrutura e Transição Climática. Durante o encontro, foram debatidos temas como: investimentos sustentáveis em infraestrutura, transição energética justa e parcerias público-privadas (PPPs).

Brasil

Foto: Envato

Foram divulgadas as projeções ambientais, caso o mundo fique 3 graus mais quente. A mais impactante delas seria o maior risco para a produtividade agrícola dos países tropicais e nas duas nações mais populosas da Terra: China e Índia.

Brasil

O Brasil está entre os maiores emissores de gás carbônico do mundo, porém o perfil de emissões brasileiras é diferente da média mundial, já que o desmatamento é seu principal emissor.

Mercadante declarou ainda que o BNDES segue firme no trabalho de reduzir de forma significativa as emissões de gás carbônico.

Entre as ferramentas para descarbonização, estão as concessões florestais, na qual o ente privado faz o manejo sustentável dos recursos de uma floresta pública.

Para isso, são usadas técnicas de exploração que aliam produtividade, capacidade de regeneração e manutenção das funções ecológicas, econômicas e sociais.

Durante o encontro, foram divulgados dados sobre preservação e energia limpa. O Brasil concentra 33% de reflorestamento e 25% da conservação. A competitividade em energia renovável é a mais alta do mundo, com 45% da capacidade instalada dos geradores eólicos e 30% da capacidade solar.

Por Agência Brasil com edição de Guilherme Nannini