Será que dá certo? EUA investem em aspiradores gigantes para capturar carbono
O governo Biden aposta em aspiradores gigantes para capturar carbono da atmosfera como solução climática, impulsionando projetos no Texas e na Louisiana
À medida que os impactos das mudanças climáticas se tornam cada vez mais evidentes, a busca por soluções inovadoras se intensifica.
A captura direta de carbono emerge como uma estratégia vital para reduzir as concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera, com o objetivo de mitigar o aquecimento global e seus efeitos devastadores sobre ecossistemas e comunidades.
Processos de Emissão de Carbono na Atmosfera
O aumento das concentrações de dióxido de carbono (CO2) e outros gases de efeito estufa na atmosfera é um resultado direto da atividade humana.
A queima de combustíveis fósseis, desmatamento, produção industrial e outros processos liberam carbono na atmosfera, criando um “efeito estufa” que retém o calor e provoca alterações climáticas de grande escala.
Tecnologia de Captura Direta de Carbono
O projeto inovador liderado pela Occidental Petroleum Corp. no Texas destaca a importância da captura direta do ar como abordagem para reduzir as emissões de carbono.
A tecnologia envolve a retirada de CO2 diretamente da atmosfera e seu subsequente armazenamento em locais geológicos apropriados, evitando assim a sua liberação na atmosfera.
O Papel na Transição Energética
A implementação de aspiradores gigantes para capturar os gases do efeito estufa indica um compromisso firme dos Estados Unidos em combater as mudanças climáticas.
À medida que a busca por combustíveis sustentáveis se intensifica, a captura de carbono se torna uma peça-chave na transição para fontes de energia mais limpas e sustentáveis.
Desenvolvimento e Desafios
Apesar de seu potencial, a captura de carbono enfrenta desafios significativos. A tecnologia ainda está em fase de desenvolvimento, e a capacidade atual de captura é relativamente baixa.
Questões sobre viabilidade técnica, custos e impactos ambientais devem ser cuidadosamente avaliadas à medida que a tecnologia evolui.
Compromisso do Governo Biden
O investimento substancial do governo Biden, totalizando US$ 3,5 bilhões, reflete o compromisso dos Estados Unidos em enfrentar as mudanças climáticas por meio da inovação tecnológica.
Esses recursos não apenas impulsionarão o desenvolvimento de tecnologias de captura dos gases mas também estimularão a colaboração global na busca por soluções climáticas eficazes.
Impacto na Redução das Emissões
A captura direta possui o potencial de ser uma ferramenta valiosa para reduzir as emissões de carbono e conter o aquecimento global.
Enquanto os esforços de redução de emissões continuam sendo cruciais, tecnologias de captura de CO2 podem desempenhar um papel complementar ao sequestro de carbono e ao estímulo de um ciclo mais sustentável.
À medida que a humanidade enfrenta a urgência das mudanças climáticas, a inovação em tecnologias de captura surge como um caminho promissor para mitigar os impactos adversos do aquecimento global e pavimentar um futuro mais sustentável para as próximas gerações.
Brasil investe em captura e armazenamento de carbono
No Brasil, a Petrobras lidera essa discussão e está estudando o lançamento de um serviço de captura e armazenamento definitivo (CCS) para outras empresas.
Atualmente, a Petrobras já captura o CO2 emitido durante a produção de petróleo e o reinjeta nos poços para aumentar a produção. Agora, a estatal planeja estender esse serviço a outras empresas, com um hub piloto no terminal de Cabiúnas, no Rio de Janeiro, com capacidade para capturar 100 mil toneladas de CO2 por ano.
A captura de carbono é realizada por meio da instalação de filtros nas chaminés das fábricas e unidades de produção, permitindo a captura do CO2 durante o processo produtivo.
Esse gás pode ser reinjetado em poços de petróleo, aquíferos salinos ou camadas de carvão não economicamente viáveis para mineração. O armazenamento de CO2 é uma opção para auxiliar na descarbonização, especialmente em indústrias intensivas em emissões, como petroquímica e produção de cimento.
Por Estadão Conteúdo com edição de Guilherme Nannini