No encerramento do Fórum Planeta Campo, durante a COP30, o presidente do Canal Rural, Julio Cargnino, celebrou os 29 anos do canal e destacou a importância de valorizar o agronegócio brasileiro. Durante sua fala, apresentou o Prêmio RestaurAmazonia, promovido pela Fundação Solidaridad em parceria com o Fundo JBS pela Amazônia. O programa já envolveu cerca de 1.400 produtores e incentiva práticas agrícolas sustentáveis, com o objetivo de alcançar zero desmatamento.
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A premiação reconheceu produtores que se destacaram na adoção de práticas sustentáveis e na inovação no campo. Segundo Lucas Scarascia, representante do Fundo JBS pela Amazônia, a iniciativa foi criada em 2020 e começou a operar em 2021. Mais de 20 projetos já passaram pela carteira do fundo, e o RestaurAmazonia se tornou um exemplo de como unir desenvolvimento econômico e geração de renda à preservação da floresta. Thais Megid, responsável pelo projeto, destacou a parceria com a Fundação Solidaridad e a importância da extensão rural e da assistência técnica, mostrando que o apoio direto aos produtores é essencial para mudanças concretas.
Mariana Gomes, gerente do programa de Meio Ambiente da Solidaridad, ressaltou que o projeto criou uma estrutura de referência para a agricultura familiar, permitindo que os produtores testem políticas públicas, tenham acesso a dados e indicadores bem estruturados e se conectem a mercados e agentes públicos.
Atualmente, o RestaurAmazonia atua em cerca de 40 mil hectares, beneficiando 1.400 pequenos produtores, com foco na melhoria da produção, sustentabilidade, assistência técnica e medição de impactos econômicos, sociais e ambientais.
Entre os premiados, Maria Helena Nunes e Alex Ferreira Bezerra ficaram empatados em terceiro lugar, reconhecidos por sua produção de cacau e pecuária equilibrada, implementando sistemas agroflorestais em áreas degradadas, realizando análise e adubação do solo, podando o cacau e manejando pastagens. O técnico Marcos Yoshitome, da Solidaridad, recebeu o prêmio em nome deles.
O segundo lugar foi para uma propriedade de 105 hectares que aumentou a produtividade do cacau em 5%, atingindo 813 kg por hectare, implementou 3,28 hectares adicionais e 20 hectares de sistemas agroflorestais, adotando boas práticas de monitoramento de pragas, análise do solo e manejo responsável.
Por fim, o primeiro lugar foi conquistado por Angelita Ferreira Alves, que recebeu o prêmio das mãos de Liège Vergili Correia, diretora de Sustentabilidade da JBS. Angelita conseguiu um aumento de 61% na produtividade do cacau, alcançando 500 kg por hectare, e aplicou nove boas práticas sustentáveis. Em seu discurso, destacou a importância do apoio de seu técnico, da equipe, da família e do reconhecimento do Canal Rural.
