ESTADO COMO REFERÊNCIA

'Sem valorizar o agro, Brasil será um país do futuro e nunca do presente', diz secretário de agricultura de SP

Durante a COP30, Guilherme Piai apresentou programas de SP que combinam sustentabilidade, tecnologia e segurança jurídica

Reprodução Canal Rural
Reprodução Canal Rural

Durante a COP30, em debate sobre agricultura e sustentabilidade, o secretário da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Guilherme Piai, destacou os programas do estado que têm servido de referência para o Brasil e o mundo. Segundo ele, a participação paulista na AgriZone foi estratégica para mostrar a “verdade do agro”, quebrando narrativas equivocadas sobre o setor.

Entre os programas apresentados estão o Cadastro Ambiental Rural (CAR), com mais de 200 mil propriedades validadas com uso de inteligência artificial, e o Programa de Pagamentos por Serviços Ambientais, voltado à recuperação de Áreas de Preservação Permanente (APPs) e áreas degradadas. Outro destaque é o Integra SP, que já recuperou 1,3 milhão de hectares de áreas degradadas.

O secretário também mencionou a iniciativa Agro SP Mais Verdade, que contou com aprovação de US$ 200 milhões pelo Banco Mundial, beneficiando 420 cooperativas e 30 mil produtores rurais, garantindo segurança jurídica, regularização ambiental e fundiária no campo paulista. “Hoje, São Paulo tem condições de captar investimentos porque realiza o maior programa de regularização ambiental e fundiária do país, e nossa área preservada não para de crescer”, afirmou Piai.

Durante a COP30, os visitantes tiveram a oportunidade de conhecer os estandes e participar de painéis sobre o CAR e a transição energética, na qual São Paulo é protagonista, com quase 6 milhões de hectares de cana-de-açúcar. O estado, empatado com Mato Grosso como maior exportador agrícola do país, tem diversificação de culturas e potencial de liderar a agricultura tropical brasileira no contexto global de segurança alimentar e mitigação das mudanças climáticas.

Segundo Piai, o papel do produtor rural é fundamental: “Outros países que não fizeram a lição de casa tentam impor regras ao produtor brasileiro. Aqui, temos produção de alta escala com captura de carbono, pecuária e lavoura sustentáveis, e potencial para recuperação de pastagens degradadas, mas precisamos de investimentos”.

O secretário também abordou a importância do seguro rural, com um investimento de R$ 200 milhões, que beneficiou 60 mil produtores, ajudando-os a proteger suas safras contra riscos climáticos.

‘Sem valorizar o agro, o Brasil será sempre um país do futuro e nunca do presente’, diz concluiu Guilherme Piai, destacando a necessidade de planejamento, inovação e fortalecimento do setor para alavancar a economia nacional.