Ações na agropecuária podem reduzir emissões de poluentes em até 7%, diz FAO
Segundo a ONU, benefício econômico de iniciativas de mitigação pode chegar a US$ 360 bilhões até 2030
Um estudo realizado pelo Centro de Investimentos da Agência da ONU para a Agricultura e Alimentação (FAO) e do Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento (BERD), apresentado durante a Conferência do Clima em Glascow, a COP 26, demonstrou que as Iniciativas de mitigação de emissões de gases de efeito estufa na agricultura e na pecuária têm potencial de reduzir as emissões de poluentes no mundo entre 3% e 7% até 2030.
Segundo a FAO, o benefício econômico dessa mitigação pode ficar entre US$ 60 bilhões e US$ 360 bilhões. O investimento necessário para mitigar as emissões no setor seria de US$ 300 milhões a US$ 500 milhões ao ano, montante que corresponde a menos de 0,5% do PIB global e que é que é bem menor que o retorno esperado. As iniciativas gerariam US$ 4,5 trilhões ao ano em novas oportunidades de negócio, afirma o agência da ONU.
O estudo ressalta que um número crescente de empresas do setor agroalimentar têm apresentado interesse e planos de caminhar para a neutralidade de carbono, mas que nem todas estão interessadas ou podem bancar financiamento de pequenos produtores que trabalham em suas cadeias de suprimento para implementar práticas regenerativas de agropecuária.
Para FAO e BERD, algumas plataformas de mercado de carbono já existentes, que hoje funcionam em níveis regionais, podem ser uma oportunidade para as companhias investirem no sequestro de carbono nas fazendas.
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