Relógio no Cristo Redentor alerta sobre impactos das mudanças climáticas

Caso o relógio chegue a zero, significaria que o orçamento de carbono teria sido completamente esgotado, tornando a probabilidade de impactos climáticos globais devastadores muito alta

Neste último sábado (22), em razão do Dia da Emergência Climática, o Brasil recebeu o Relógio do Clima, também conhecido como Climate Clock, desenvolvido por um grupo internacional de cientistas e ativistas.

O relógio simbólico marca o prazo restante para que o aumento médio da temperatura terrestre seja mantido em níveis minimamente seguros para a humanidade.

Relógio

O Climate Clock já iniciou sua contagem regressiva de tempo. Caso chegue a zero, significaria que o orçamento de carbono teria sido completamente esgotado, tornando a probabilidade de impactos climáticos globais devastadores muito alta.

A criação do Relógio do Clima foi impulsionada por eventos climáticos extremos cada vez mais frequentes em todo o mundo.

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Foto: Reprodução/La Opinión

Mudanças climáticas

De acordo com Natalie Unterstell, presidente do Instituto Talanoa, responsável pela ação do Relógio do Clima no Brasil, em 2015, os cientistas previam que teríamos até 2030 para permanecer dentro do limite seguro de 1,5°C no aumento da temperatura global. No entanto, novos dados indicam que o prazo foi reduzido para menos de seis anos, indicando uma urgência ainda maior na adoção de medidas para reduzir as emissões de carbono.

O monumento do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, foi o cenário escolhido para projetar o Relógio do Clima, e pela primeira vez, ele marcou um prazo menor que seis anos para zerar o orçamento de carbono. A projeção foi uma oportunidade de conscientizar o público sobre a necessidade iminente de enfrentar as mudanças climáticas e buscar soluções, como controlar o desmatamento e realizar a transição para fontes de energia renováveis.

A presidente do Instituto Talanoa enfatizou que o Brasil, como o quinto maior emissor global de gases de efeito estufa, possui uma grande responsabilidade nessa questão.

“Embora também seja importante cobrar ações de países mais ricos e com economias mais avançadas, é crucial que o Brasil assuma sua parcela de responsabilidade e tome medidas concretas para enfrentar o desafio climático”, destacou.

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Foto: Tatiele Pires/Instituto Talanoa

Ao fazer parte dessa iniciativa, o Brasil se junta aos esforços globais para combater as mudanças climáticas e trabalhar em prol de um futuro mais seguro e sustentável para o planeta. A mensagem é clara: a humanidade não pode mais adiar ações efetivas na luta contra as mudanças climáticas, e a hora de agir é agora.

Por Agência Brasil com edição de Guilherme Nannini