Quanto vale um crédito de carbono?

FGV cria plataforma para monitorar os valores e volume dos créditos de carbono comercializados pelo mundo

Você sabe qual o valor de um crédito de carbono? Para sanar essas e outras questões relativas a esse mercado, a FGV criou através do Observatório de Bioeconomia, uma plataforma que vai fornecer os valores e volumes de créditos de carbono negociados no Brasil e no mundo.

De acordo com a economista do Observatório, Fernanda Valente, em entrevista ao Planeta Campo, o mecanismo de carbono é bastante fragmentado e atualmente não existe  no mundo uma estrutura de mercado de carbono global.

“As transações ocorrem  através de conversas privadas, ou seja, não tem um market place. E é uma estrutura de mercado que carece de transparência. A nossa ideia é justamente essa, centralizar o maior número de informações,  para dar um norte para quem deseja operar nesse mercado ou tem interesse em saber mais”, explicou.

Dados da Plataforma

O dashboard (painel) da plataforma reune informações de mais de 10 pontos oficiais e traz informações de instrumento de precificação de carbono e o mercado de carbono.

“De uma forma geral temos no dashboard os preços por 1 tonelada de carbono emitido, as receitas geradas por essas iniciativas feitas por precificação de carbono, seja no mercado de carbono ou a taxa de carbono, o número de iniciativas no mundo, o volume de crédito de carbono que é ofertado e demandado por setor, por continente, o número de projetos por setor, por continente, projetos os quais que geram o crédito de carbono. Enfim tudo isso poderá ser encontrado”.

Setor com mais crédito

Créditos De Carbono

large power plant with green grass against a blue sky

O principais setores no mundo que geram créditos de carbono são o florestal e o de energia renovável. O primeiro corresponde a 42% das emissões de crédito de carbono no mundo, já o segundo é responsável por 29% das emissões.

Serviço

A plataforma é totalmente gratuita e está disponível no Portal de Bioeconomia da FGV, na aba base de dados. A principal fonte de materiais usada pelo serviço é o Banco Mundial, que já possui algumas informações de precificação do carbono, porém não tão completa como a desenvolvida pela FGV.