Saiba como negociar na primeira bolsa de valores verde do Brasil

A bolsa responde por cerca de 10% do mercado voluntário mundial de créditos de carbono. “O movimento diário de negociação é de 200 mil toneladas de CO2 e de em torno US$ 1 milhão.

Saiba como negociar na primeira bolsa de valores verde do Brasil

Nos próximos meses, entrará em vigor a primeira bolsa de crédito de carbono do Brasil. A iniciativa tem abrangência global, já que a negociação dos créditos daqui acontecerá em outros mercados. 

A nova corretora de valores verde é fruto da parceria entre a brasileira BlockC (uma plataforma blockchain para projetos de descarbonização com foco em empresas), a AirCarbon Exchange de Cingapura, a prefeitura do Rio de Janeiro e o banco Santander.

Segundo Bill Pazos, co-fundador da AirCarbon, a empresa atua em mercados como o de Abu Dhabi, Inglaterra,  Canadá e agora Brasil. “ O país está entre os três maiores mercados mundiais.  Faz muito sentido ter uma bolsa no Brasil para que os projetos brasileiros não tenham que ser comercializados fora daqui”, explicou.

Funcionamento

A bolsa responde por cerca de 10% do mercado voluntário mundial de créditos de carbono. “O movimento diário de negociação é de 200 mil toneladas de CO2 e de em torno US$ 1 milhão. O portfólio da empresa conta com  180 empresas em 29 países”, ressaltou Bill.

De acordo com o executivo, a empresa fará um primeiro leilão  que já conta com compradores em 29 países. “Os projetos nacionais serão de vários tipos. Incluem desde projetos em florestas como transportes, por exemplo”. 

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De acordo com o executivo não existe transparência financeira no mercado financeiro. “No mercado financeiro, pagamos 50% de pedágio para transacionar os créditos. O mercado financeiro está tirando dinheiro que poderia ser utilizado para reduzir os problemas do próprio clima”, disse.

Antes de mais nada, produtores interessados no mercado de carbono precisam mensurar a quantidade emitida e sequestrada de carbono na propriedade. “O primeiro passo é buscar uma certificadora. Em seguida, o produtor pode entrar em contato com o escritório no Rio de Janeiro para obter outras informações”, finalizou.

Assista o programa na íntegra: