Conheça o aditivo natural que ajuda a reduzir a emissão de gases do Efeito Estufa
O trabalho de reduzir a emissão de gases do efeito estufa não é simples, mas a indústria tem dado uma ajuda com a criação de aditivos
O trabalho de reduzir a emissão de gases do Efeito Estufa não é simples, mas a pecuária brasileira tem lidado bem com essa questão.
Além dos métodos naturais, como o Sistema de Plantio Direto, a Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF), a indústria também deu uma força, criando aditivos que podem ser utilizados para reforçar ainda mais a mitigação dos gases.
Esse foi o tema do quadro “Pecuária Sustentável na Prática“, uma parceria do Canal Rural e Planeta Campo com o Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável (GTPS).
Marcelo Manella, diretor de ruminantes da Silvafeed, associada ao GTPS, conversou com Sara Kirchhof sobre o tema.
Os principais aditivos
O diretor explica que existem dois grupos de aditivos:
- Os sintéticos, especialmente os antimicrobianos e ionóforos
- Os naturais, que podem ser bactérias, leveduras, extratos vegetais e quaisquer outros micro-organismos que existam no bioma
“Os dois tipos tem preços muito similares. A principal vantagem do aditivo natural é que não vai ter nenhuma restrição em mercados consumidores que tem regras rígidas para redução da emissão de gases do efeito estufa. Hoje, nenhum antimicrobiano sintético tem certificação que aponta mitigação do metano”, exemplifica.
Redução na emissão de gases do Efeito Estufa
Manella conta que em um estudo feito em parceria com a JBS e o Instituto de Zootecnia (IZ) do Estado de São Paulo, a redução na emissão de gases do Efeito Estufa chegou a 17% no rebanho com a utilização de um aditivo natural a base de tanino.
“Claro que essa é uma base. A redução pode chegar a até 30%. E não estamos falando apenas do metano, mas também do óxido nitroso (N2O) no esterco. O importante é que o pecuarista escolha o aditivo que é certificado, que garante a redução da emissão”, aponta.
Afinal, o que é aditivo?
Manella explica que aditivo é aquilo que é adicionado à dieta dos bovinos para ajudar na digestão do alimento, além de aumentar o aproveitamento e a sanidade do animal.
Novas pesquisas estão sendo feitas para detectar quais são os impactos para a nutrição do gado quando os aditivos são utilizados.
Créditos de carbono
O diretor de ruminantes da Silvafeed explica que o uso dos aditivos para redução das emissão de gases do efeito estufa pode sim ser contabilizado como créditos de carbono.“O pecuarista pode computar o uso de aditivos na emissão total e nas práticas de redução de emissão de carbono para vender créditos. Lembrando que isso faz parte de um ‘todo’, e que a fazenda também tem que ser certificada pela adoção de boas práticas“, reforça.