Brasil adere à Aliança Global de Eólicas Offshore
O Brasil é um líder global na descarbonização da matriz energética, com cerca de 90% da eletricidade do país já é suprida com fontes limpas e renováveis
O Brasil, representado pelo Ministério de Minas e Energia (MME), oficializou sua adesão à Aliança Global de Eólicas Offshore (Global Offshore Wind Alliance GOWA), nesta terça-feira (5), durante a COP 28, em Dubai. A União Europeia, o Panamá e o estado da Califórnia, dos Estados Unidos, também ingressaram na Aliança nessa mesma ocasião.
A GOWA é uma iniciativa internacional que reúne governos, empresas e organizações da sociedade civil para promover o desenvolvimento da energia eólica offshore no mundo. A Aliança pretende acelerar a transição para uma matriz energética mais limpa e sustentável, por meio da cooperação e da troca de conhecimento entre seus membros.
O secretário Nacional de Transição Energética e Planejamento do MME, Thiago Barral, representou o Brasil na Reunião Ministerial da GOWA. Em seu discurso, Barral destacou que o país reconhece a necessidade de acelerar a transição para uma matriz energética mais limpa.
“A energia eólica offshore se apresenta como parte do portfólio de soluções viáveis. A criação de uma comunidade internacional de boas práticas, proposta pela GOWA, é uma abordagem efetiva para promover a colaboração e a troca de conhecimentos entre seus membros”, afirmou Barral.
O Brasil é um líder global na descarbonização da matriz energética. Cerca de 90% da eletricidade do país já é suprida com fontes limpas e renováveis. Os números da indústria eólica onshore no país impressionam. Atualmente o país possui mais de 26 GW de capacidade instalada, distribuídos em mais de 900 parques eólicos localizados em 12 Estados brasileiros.
“Queremos que o potencial brasileiro de mais 700 GW de eólicas offshore produza energia limpa para o mundo”, afirmou Barral.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, também destacou a importância da adesão do Brasil à GOWA. “Vamos continuar investindo, prioritariamente, em energia limpa e renovável. Claro, sem nos distanciar da necessária segurança energética. O Brasil é, e será ainda mais, o celeiro de energias limpas e renováveis para o mundo”, afirmou Silveira.
“Com esse objetivo, tenho atuado pessoalmente na articulação junto ao Congresso Nacional Brasileiro. Aprovaremos, enfim, um marco legal para as eólicas offshore”, acrescentou. “Estamos derrubando as barreiras ao desenvolvimento dessa nova e promissora fronteira das energias renováveis no Brasil”, acrescentou.
Com as políticas públicas, o país pode desenvolver novas tecnologias e, assim, estabelecer condições favoráveis para o desenvolvimento dos mais de 90 projetos eólicos offshore já anunciados para o país.