São Paulo lidera geração de energia solar no Brasil
De acordo com o secretário de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, Guilherme Piai, a facilitação de acesso às energias renováveis é uma política que irá marcar a atual gestão de governo
O Estado de São Paulo é o líder nacional na geração de energia solar em todo o Brasil.
De acordo com dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o potencial atual energético paulista é de 3,8 gigawatts (GW), capacidade suficiente para atender mais de 400 mil consumidores.
O Brasil, pela primeira vez, figura entre os países que mais produzem energia fotovoltaica no mundo. Em 2022, obteve cerca de 24 GW de potência instalada, o que o coloca na oitava posição no ranking mundial.
São Paulo investe em energia limpa
A energia solar é uma fonte renovável e inesgotável, com uma produção sustentável, já que não emite gases poluentes. Em plena expansão no mercado, a energia fotovoltaica pode suprir demandas energéticas de propriedades rurais, como no bombeamento de água para abastecimento doméstico, irrigação, eletrificação de cercas, iluminação, entre outras atividades essenciais na produção.
Pensando no crescimento energético e na sustentabilidade que a energia solar proporciona, o Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, disponibiliza a linha de Desenvolvimento Rural Sustentável Paulista na atividade de Energia Renovável.
Em 2022, foram liberados R$ 13,6 milhões, que atenderam 115 produtores, em 69 municípios. Este ano, 109 produtores de 52 municípios, acessaram a linha, com um total de R$ 10,3 milhões.
O teto de financiamento da linha do FEAP é de até R$ 300 mil para pessoa física e até R$ 800 mil para pessoa jurídica. O prazo de pagamento é de até 96 meses, com carência de até 24 meses.
O Sítio Nossa Senhora Aparecida, localizado no município de Pontalinda, no interior de São Paulo, trabalha no segmento de gado de leite. Há 10 meses, a empresa familiar implementou painéis fotovoltaicos, com o auxílio da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI).
“Usamos no sítio para todos os eletrodomésticos, na ordenha mecânica, no resfriador do leite, na bomba do poço artesiano e para irrigar a pastagem. Nós tivemos uma redução no gasto com energia de 90%”, disse o proprietário e produtor rural, Silvio Feliciano.
Outro empreendimento que apostou na energia solar foi o Laticínio Família Rossato, de Pilar do Sul, que trabalha com produção de leite de búfala e queijos. Há cerca de quatro meses está sentindo a redução nos custos de produção.
“O melhor benefício que o Estado poderia fazer para ajudar na redução de custos e automaticamente na melhoria dos recursos renováveis a uma região”, enaltece o proprietário Caio Junqueira.
O secretário de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, Guilherme Piai, destaca que a facilitação de acesso às energias renováveis é uma política de transição energética que irá marcar a gestão paulista.
“Há benefício para a toda a cadeia e para o meio ambiente”, complementa.