Fazenda reduz emissões de metano com produção de fêmeas precoces
Nelore Paranã desafia novilhas de 12 a 16 meses e reduz o ciclo da pecuária em até um ano
Na busca pela competitividade do negócio, que atualmente passa pela produção sustentável, a Nelore Paranã tem investido em tecnologias para intensificar a produção e encurtar o ciclo, começando pelo desafio de fêmeas precoces.
“A gente está aqui com um lote de primíparas precoces, que são novilhas que emprenharam ao redor dos seus 12 a 16 meses. Se fosse um sistema tradicional, elas não estariam entrando em monta. Então essas daqui já estão hoje com seus 26, 27 meses paridas, com bezerro ao pé, produzindo, enquanto que no sistema tradicional elas estariam sem bezerro, como novilhas entrando em monta”, compara Rogério Peres, que é diretor de pecuária na Nelore Paranã.
Localizada em Iaciara, no estado de Goiás, a propriedade trabalha com um rebanho de mais de 56 mil cabeças e otimiza o ciclo de produção com investimentos na precocidade e habilidade materna das fêmeas, no pastejo rotacionado na fase de recria e na engorda de animais em confinamento. “Quando a gente pensa em sustentabilidade ou a gente pensa em emissões de gás metano, a gente compacta mais o período da vida do animal entre a desmama e a idade produtiva”, diz Hugo Savioli, gerente de pecuária.
Ao emprenhar as fêmeas mais cedo a fazenda melhora a rentabilidade da produção e ainda reduz significativamente as emissões de metano, uma vez que essa prática diminui o tempo do ciclo produtivo. “A gente tá ganhando um ano de ciclo e isso, em resumo, traz mais quilos de bezerros por hectare. Então existem alguns trabalhos e estudos científicos publicados nesse sentido, a gente busca essa melhoria de resultados. Numa mesma idade, se a gente comparar duas fêmeas, nesse sistema precoce [em comparação ao] sistema tradicional, ela deixa muito mais quilos desmamados por hectare e isso está muito atrelado a sustentabilidade”, avalia Peres.
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