Confira a declaração final da Cúpula da Amazônia que se encerra hoje
Os países participantes da Cúpula da Amazônia divulgaram um comunicado conjunto intitulado “Unidos por nossas Florestas”, destacando os resultados finais do encontro
Os países participantes da Cúpula da Amazônia divulgaram um comunicado conjunto intitulado “Unidos por nossas Florestas”, destacando os resultados finais do encontro. O documento reitera compromissos relacionados à preservação ambiental, enfrentamento do desmatamento e incentivos ao desenvolvimento sustentável.
Além disso, manifesta preocupações com o não-cumprimento de metas e compromissos por parte dos países desenvolvidos.
Compromisso com o Desenvolvimento Sustentável
Foto: Envato
O comunicado ressalta a inestimável contribuição dos povos indígenas, comunidades locais, mulheres e jovens para a conservação das florestas tropicais.
Destaca-se que as florestas desempenham um papel crucial no desenvolvimento sustentável, na proteção da biodiversidade e na busca por soluções para desafios globais, como as mudanças climáticas.
A Transição Ecológica Justa
Foto: Envato
O documento reforça a necessidade de uma transição ecológica justa, que leve em consideração o papel das florestas no desenvolvimento sustentável.
Além disso, reconhece que essa transição deve beneficiar as comunidades locais, especialmente os povos indígenas, e promover a conservação e o uso sustentável da biodiversidade.
Responsabilidades dos Países Desenvolvidos
Expressando preocupações, os participantes da Cúpula da Amazônia manifestam que alguns países desenvolvidos não estão cumprindo suas metas de mitigação das mudanças climáticas e financiamento climático prometido.
O comunicado reitera a necessidade dos países desenvolvidos liderarem a descarbonização de suas economias e atingirem a neutralidade de emissões antes de 2050.
Incentivos para Produtos Florestais Sustentáveis
Um ponto crucial segundo os países participantes da Cúpula da Amazônia é o reforço ao entendimento de que o acesso preferencial nos mercados dos países desenvolvidos para produtos florestais será fundamental para impulsionar o desenvolvimento econômico dos países em desenvolvimento.
Esse incentivo cria uma alavanca para a promoção de práticas sustentáveis na produção.
Foto: Envato
Os países signatários também expressam preocupação com o não-cumprimento de compromissos financeiros por parte dos países desenvolvidos.
Chamam a atenção para a necessidade de mobilizar US$ 200 bilhões por ano até 2030, conforme o Marco Global para a Biodiversidade de Kunming-Montreal, e reafirmam a necessidade de cumprir as metas de financiamento climático e desenvolvimento.
Cooperação Internacional e Solidariedade
O comunicado destaca a importância da cooperação internacional para combater as mudanças climáticas e proteger o meio ambiente.
Condena medidas unilaterais que possam prejudicar o comércio internacional e apela para o diálogo entre os países em desenvolvimento detentores de florestas tropicais.
Futuro Compromisso e Ação
A Cúpula da Amazônia conclama também aos demais países em desenvolvimento detentores de florestas tropicais a se engajarem em diálogos solidários com vistas a conferências internacionais futuras.
Eles também encorajam outros países detentores de biodiversidade global a lutar por maior influência na gestão de recursos destinados à conservação e uso sustentável da biodiversidade.
Iniciativas Relevantes
Por fim, iniciativas conduzidas por países em desenvolvimento, como a Cooperação Trilateral sobre Florestas Tropicais e Ação Climática e a Cúpula das Três Bacias dos Ecossistemas da Biodiversidade e Florestais Tropicais promovida pela República do Congo também são consideradas.
Cúpula da Amazônia: conclusão
Foto: Agência Brasil
O comunicado conjunto dos países florestais em desenvolvimento ressalta a importância das florestas para o desenvolvimento sustentável e destaca a necessidade de compromissos reais por parte dos países desenvolvidos.
As considerações finais reforçam o papel fundamental das florestas na conservação da biodiversidade, mitigação das mudanças climáticas e bem-estar das comunidades locais.