Espírito Santo reduz burocracia para plantio de árvores com fins comerciais
Produtores rurais que já plantaram ou pretendem plantar espécies nativas em áreas alternativas não terão tanta burocracia para exploração com fins de mercado.
Ciência que permite ao homem cultivar, regenerar e repovoar florestas, inclusive para fins comerciais, a Silvicultura é uma prática que traz muitos benefícios para os produtores rurais.
De acordo com o novo Código Florestal brasileiro, há 10 anos os produtores já podem inclusive realizar o plantio de árvores nativas para fins comerciais sem a necessidade de autorização. No entanto, a permissão ainda exige que os produtores passem por trâmites como se explorassem florestas nativas primárias, ou seja, é como se estivessem explorando florestas nativas naturais.
Idaf reduz burocracia
A burocracia e a necessidade de comercialização de madeira e subprodutos fez com que alguns estados saíssem na frente para facilitar a vida do produtor rural. É o que fez o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf).
Durante entrevista ao Planeta Campo, o chefe de controle florestal do Instituto, Fabrício Zanzarini, explicou como o estado tem feito.
“O código trouxe a permissão da silvicultura de nativas para facilitar para o produtor rural, porém os estados precisam regulamentar e que funcione na prática. Então, nós do Idaf fizemos um formulário onde os produtores que querem fazer ou já tem espécies nativas para uso comercial, cultivadas em áreas de uso alternativo, já podem fazer o cadastro junto ao Instituto. Para que no futuro eles possam explorar as áreas conforme a legislação, sem entraves e não como se fossem explorar uma área de floresta natural”, explicou.
Ainda de acordo com Zanzarini, antes não era realizado cadastro prévio e o produtor tinha que provar que aquilo que ele ia cortar foi plantado por ele e que não era de uma área natural. Com o formulário do Idaf, o produtor não precisará de tantos trâmites.
ILPF
Além de facilitar a vida do produtor, outro benefício do formulário prévio é estimular a prática da Integração Lavoura-Pecuária-Floresta e ainda facilitar a produção de madeira nativa nesses sistemas.
“Existem grupos do estado e da iniciativa privada para facilitar e estimular a produção de madeira. Nesse primeiro momento começamos apenas na área de uso alternativo do solo, mas pretendemos estender esse procedimento para áreas de reserva legal”, concluiu.