Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA) ganha força com o potencial das castanheiras

O PSA é uma ferramenta que pode ajudar a incentivar a conservação das florestas, pois remunera os produtores pela preservação dos recursos naturais

As florestas de castanheiras da Amazônia têm um alto potencial para se enquadrar em programas de pagamentos por serviços ambientais (PSA), uma modalidade que remunera produtores pela preservação das florestas. Isso porque essas florestas fornecem uma série de serviços ambientais importantes, como a regulação hídrica, a provisão de alimentos, a conservação da biodiversidade e a regulação climática.

Em entrevista ao Planeta Campo desta terça-feira (30) a pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente, Patrícia Costa, explicou que as castanheiras são árvores de grande porte que podem viver por centenas de anos. Elas são importantes para a biodiversidade, pois abrigam uma grande variedade de espécies de animais e plantas, sendo também uma fonte de renda para as comunidades tradicionais que vivem na Amazônia.

“As castanheiras e os castanhais contribuem para a regulação hídrica, pois ajudam a manter a umidade do solo e a regular o fluxo das águas. Elas também são importantes para a provisão de alimentos, pois a castanha é um alimento rico em nutrientes consumido por muitas pessoas no Brasil e no exterior. Além disso, as castanheiras contribuem para a conservação da biodiversidade, pois abrigam uma grande variedade de espécies de animais e plantas. Elas também contribuem para a regulação climática, pois armazenam excesso de carbono”, disse Patrícia.

PSA

O pagamento por serviços ambientais é uma ferramenta que pode ajudar a incentivar a conservação das florestas, pois remunera os produtores pela preservação dos recursos naturais. No Brasil, a lei de pagamentos por serviços ambientais foi aprovada em 2019. No entanto, ainda há poucos programas de PSA em operação no país.

“O acesso aos programas de PSA ainda é um desafio para os produtores, pois os editais são frequentemente complexos e exigem o cumprimento de diversos critérios. Além disso, a legislação brasileira ainda é recente e precisa ser aprimorada para facilitar o acesso aos programas de PSA”, disse Patrícia.

Apesar dos desafios, Patrícia acredita que os programas de PSA têm potencial para impulsionar o manejo sustentável das florestas de castanheiras da Amazônia.

“Os programas podem ajudar a valorizar as florestas de castanheiras, gerando renda e emprego para as comunidades tradicionais. Esse projeto pode ajudar a combater o desmatamento e a promover a conservação da biodiversidade”, finalizou.