Grupo alemão investe na produção de hidrogênio verde a partir de esterco suíno

Por conta da rentabilidade do projeto de hidrogênio verde há impactos na redução de custos e, por consequência, no aumento da renda

Grupo alemão investe na produção de hidrogênio verde a partir de esterco suíno

A Cooperação Brasil-Alemanha para o desenvolvimento sustentável vem trabalhando há décadas nas áreas de energia sustentável e eficiência energética incentivando a ampliação da oferta de energias renováveis.

Nesse contexto, surgiu, em 2021, o projeto H2Brasil, criado pela Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) com o objetivo de apoiar o aprimoramento da expansão do mercado de hidrogênio verde (H2V) no país como peça fundamental na redução da emissão de gases de efeito estufa na atmosfera e para contribuir para a descarbonização da economia brasileira.

Em parceria com o MME, o projeto H2Brasil realiza diversas ações, como por exemplo:

  • Elaboração de cenários de planejamento energético
  • Identificação de necessidades no marco regulatório atual
  • Análise sobre a implementação de um sistema de certificação de H2V no país
  • Divulgação de estudos, ações e campanhas sobre a importância da produção de H2V no Brasil
  • Implantação de laboratórios com infraestrutura para aprendizagem e ações de formação profissional em tecnologias de H2V por meio do treinamento de multiplicadores – com a perspectiva de inclusão de gênero
  • Desenvolvimento de tecnologias, ideias e projetos inovadores para a produção de H2V e seus derivados PtX

Hidrogênio verde

A produção do hidrogênio verde se dá por meio de eletricidade oriunda de meios orgânicos e processos limpos, com uso total de energia renovável em seu processo de transformação.

Por meio de parceria público-privada entre as cooperativas Coopersan e Ambicoop, o governo do Paraná, a Companhia Paranaense de Gás e o Ministério Federal Alemão de Economia e Proteção Climática,  foi criado um projeto, em que há o reaproveitamento de dejetos para criação de energia limpa, mais especificamente, esterco de porco.

Com isso, há impactos na redução de custos e, por consequência, no aumento da renda. A iniciativa é considerada essencial para a chamada transição energética em voga no mundo.

De acordo com Isabela Santos Koletzke, coordenadora do projeto no Brasil, o hidrogênio verde é fundamental para que o país possa alcançar as metas climáticas firmadas durante o acordo de Paris.

“A suinocultura tem um grande grau de emissão de metano. Quando você retira esse esterco e descarboniza ele, o processo inteiro se torna mais sustentável.”, destaca Koletzke.