Indústrias de defensivos sintéticos se reinventam e lançam programas com bioativos

Mercado de bioinsumos é alternativa sustentável para driblar adversidades na lavoura e deve chegar a 10 bilhões em quatro anos

Close up of soybean plant in cultivated agricultural field, agriculture and crop protection
Close up of soybean plant in cultivated agricultural field, agriculture and crop protection

Para diminuir a vulnerabilidade da lavoura a eventos climáticos adversos, como seca ou chuva em excesso, muitos agricultores têm procurado novas estratégias de manejo e defensivos agrícolas, como os produtos biológicos.

Um exemplo desta realidade é o caso do produtor rural Mateus Biazoti Ferrari, que foi buscar novidades no Show Rural Coopavel, uma das principais feiras agrícolas do país e que conta com mais de 400 expositores em uma área de 700 metros quadrados. “Os biodefensivos têm se tornado muito comum dentro das lavouras em virtude dos ganhos que a gente tem observado do ponto de vista de menor pressão de seleção de patógenos e, consequentemente, ganhos em produtividade e na rentabilidade”, diz Ferrari.

Por esse motivo, o mercado global de biosoluções deve chegar a 10 bilhões de dólares nos próximos quatro anos, de acordo com a UPL. A companhia criou até uma unidade de negócios dedicada aos insumos e tecnologias agrícolas de origem natural e biológica, chamada NPP – Natural Plant Protection. “Essa unidade de negócios buscar ter um portfólio amplo, tanto de bioestimulantes quanto de soluções biológicas, para levar cada vez mais rentabilidade, cada vez mais sustentabilidade para o nosso agricultor”, afirma Bruna Prior, gerente de operações da UPL.

A produção rural também pode utilizar os produtos biológicos no manejo como aliada dos defensivos químicos. “Nós enxergamos que esse mercado veio para ficar. Ele é um mercado crescente, pujante e nós temos a estratégia de uma oferta combinada de químicos e biológicos para o agricultor. Nós vemos que os benefícios de usar os nossos produtos biológicos em combinação com os químicos traz para o agricultor benefícios na sua planta, no solo, na qualidade fisiológica da planta ao longo de várias safras. Então o benefício do biológico ele não é visto no agora, como a gente vê um químico matar o inseto, por exemplo, mas o biológico ele é um benefício perene, a longo prazo”, explicou Daniela Tavares, que é diretora de marketing da FMC.

O produtor rural é bastante dependente do clima para colher o que plantou. Mas unir tecnologia e manejo sustentável pode diminuir os riscos e aumentar as oportunidades. “Se o produtor, assim como a gente, quiser diminuir a participação do risco climático dentro da sua lavoura, ele tem que partir para essas alternativas e é isso que a gente está fazendo aqui hoje, buscando alternativas nesse sentido”, finalizou o produtor Mateus Biazoti Ferrari.

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