Maior feira de alimentos do mundo abre portas para o protagonismo brasileiro
A maior feira de alimentos e bebidas do oriente médio, a Gulfood, terminou hoje (24/2) e mostrou ao mundo o que está sendo desenvolvido de inovador e nutritivo
Terminou hoje (24/2) a Gulfood, maior feira de alimentos e bebidas do oriente médio. Foram quatro dias onde a inovação e a tradição andaram de mãos dadas. A Gulfood mostrou ao mundo o que está sendo desenvolvido de inovador e nutritivo no universo dos alimentos e das bebidas. Nesta edição, 5 mil empreendimentos de mais de 120 países participaram do evento.
Na cerimônia de abertura do pavilhão World Food da Apexbrasil, representantes de entidades como ABPA, Abiec, Apex, ministério da agricultura e pecuária e a embaixadora do Brasil em Abu Dhabi marcaram presença.
De acordo com Roberto Perosa, secretário de comércio e relações internacionais do Mapa, a relação entre os países é ótima. “Nós temos uma grande parceria estabelecida no mundo árabe, com o oriente médio. Hoje a região é destino de grande parte da nossas exportações, a nossa presença nas grandes feiras que existem aqui também faz com que tenhamos acesso a esse mercado cada vez mais positivo. O Mapa está animado em aumentar esse relacionamento e possibilidades de negócios entre as empresas do oriente médio e os produtores brasileiros.”
Protagonismo brasileiro
O café do Brasil foi protagonista no estande onde a barista Bruna Moreira apresentou a bebida feita em diferentes métodos: aeropress, prensa francesa, V60 e espresso.
Segundo a Apexbrasil, em 2022, as exportações brasileiras para o oriente médio chegaram a US$ 17,18 bilhões, ou 5,14% de todas as vendas internacionais do país. os principais embarques para a região foram de carnes de aves, com US$ 2,9 bilhões ou 17% do total exportado para o mundo, e milho, com US$ 2,7 bilhões e participação de 16% nas exportações.
O Brasil é um dos principais fornecedores de produtos Halal do mundo. O principal produto exportado pelo país é o frango. “A certificação Halal é uma comprovação que o mercado muçulmano precisa, pois assegura os preceitos da produção de acordo com os critérios religiosos. Eles tem algumas questões de produção intimamente ligadas à sustentabilidade. Então, essa é uma seara religiosa, mas também de produção, em que é possível entender a origem do alimento. Quando a empresa tira a certificação Halal, ela traz uma competitividade para além do mercado muçulmano”, explica Paula Soares, gerente de agronegócio da Apexbrasil.