
Hoje (10) o Governo Federal completa os seus primeiros 100 dias de mandato. O período, geralmente, é de avaliação do trimestre em todos os setores. Mas quais são as análises do agronegócio e das questões relacionadas ao meio ambiente?
Representantes do homem do campo e da sociedade civil organizada reunidos na Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura fizeram a avaliação do setor durante o período.
Meio Ambiente
Na área ambiental, a retomada do Fundo Amazônia, que estava paralisado desde o governo anterior, se destaca entre as ações de preservação ambiental.
Com mais de R$ 5,4 bilhões em recursos, o fundo deverá financiar, nos próximos anos, projetos de proteção a povos indígenas, de controle do desmatamento, combate ao garimpo ilegal e promoção do ordenamento territorial da região.
O governo federal também retomou ações de comando e controle. O número de multas por desmatamento e outras infrações na região amazônica, por exemplo, no primeiro trimestre de 2023, aumentou 219%, se comparado à média do mesmo período do período de 2019 a 2022.
Os dados são do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Como a coalizão avalia as ações?
A Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura emitiu uma nota ponderando as ações desses primeiros 100 dias de governo.
“A administração enviou sinalizações positivas no setor agroambiental, como a retomada da agenda climática, a reestruturação ou criação de órgãos essenciais para o combate ao desmatamento e a abertura de diálogo com a sociedade civil”.
Contudo, a organização ressalta que ainda há medidas a serem melhoradas durante os próximos três anos e meio de governo.
“A melhoria na articulação entre esses atores, assim como uma maior velocidade para ocupar postos ainda vagos na administração, é fundamental para que o governo possa implementar medidas urgentes que fomentarão o desenvolvimento sustentável do país”.
De acordo com Rodrigo Castro, membro pertencente da Coalizão houve sinalizações positivas no setor agroambiental, como a retomada da agenda climática, a reestruturação ou criação de órgãos essenciais para o combate ao desmatamento e a abertura de diálogo com a sociedade civil.
“Acho que precisamos caminhar um pouco mais rápido em algumas questões como a questão do desmatamento, o combate a fome e na geração de emprego e renda, mas a Coalizão vê que o governo está no caminho certo”, diz.
Castro ainda salienta que com a troca de governo houve maior espaço para diálogo com os setores e que as propostas agora estão sendo ouvidas.
“A disposição ao diálogo e a transparência são fundamentais para que possamos cobrar ações que vão ajudar o nosso país e saber que algo será feito a respeito,” finaliza.
As informações partem da Agência Brasil.