Nestlé quer aumentar vendas de produtos mais saudáveis até 2030

Empresas de alimentos e bebidas, como a Nestlé, têm enfrentado pressão nos últimos anos para melhorar o perfil de saúde de seus portfólios e depender menos de produtos não saudáveis

A gigante suíça de alimentos Nestlé pretende aumentar as vendas de produtos com maior valor nutricional até o fim da década, anunciou a companhia nesta quinta-feira. A expectativa é de que as vendas desses produtos aumentem entre 20 bilhões e 25 bilhões de francos suíços (US$ 21,7 bilhões e US$ 27,2 bilhões) até 2030, ou 50% em relação aos níveis de 2022.

A meta inclui alimentos à base de plantas, como hambúrgueres veganos, leite em pó, algumas refeições prontas, além de alimentos para bebês, suplementos vitamínicos e minerais. Produtos para pets e fórmulas infantis para bebês de 0 a 12 meses não estão incluídos.

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Foto: Safras & Mercado

Empresas de alimentos e bebidas têm enfrentado pressão nos últimos anos para melhorar o perfil de saúde de seus portfólios e depender menos de produtos não saudáveis, geralmente ricos em açúcar e gorduras saturadas.

No ano passado, a Nestlé começou a usar um sistema internacional chamado HSR, que classifica o perfil nutricional de produtos embalados em uma escala que vai de meia estrela a cinco estrelas com base na quantidade de componentes específicos, incluindo energia, gordura saturada, açúcares totais, sódio, proteína, fibra alimentar e o teor de frutas, legumes, castanhas e leguminosas. Uma pontuação de 3,5 estrelas ou mais indica que o alimento é saudável, de acordo com o sistema.

Nestlé pouco saudável?

Em seu relatório de 2022, a Nestlé afirmou que, excluindo ração para pets, 37% da receita provinha de produtos alimentícios e de bebidas com uma classificação de 3,5 estrelas ou mais, enquanto 43% provinha de produtos com classificação inferior a 3,5 estrelas.
Outros 20% das vendas eram de produtos de nutrição especializada, que não são abrangidos pelo sistema e incluem alimentos infantis e nutrição médica.