98% dos produtores rurais de MT fazem uso correto de defensivos
Maioria das propriedades rurais avaliadas pelo Indea não tiveram problemas com o uso de pesticidas em 2021
Recentemente o Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea) verificou que apenas 1,8% das propriedades rurais fiscalizadas pelo órgão em 2021 apresentaram problemas com a utilização inadequada de defensivos agrícolas. Das cerca de 6 mil propriedades rurais avaliadas, foram aplicados 126 autos de infração, que resultaram em R$ 5,5 milhões em multas. O que demonstra que 98% das fazendas analisadas não tiveram problemas com o uso incorreto dos produtos.
Em participação no programa Planeta Campo, Renan Tomazele, diretor técnico do Indea, explicou que o setor tem sido cada vez mais responsável com relação aos pesticidas. “A gente tem demonstrado com os resultados, e esse é o objetivo do Indea, que o produtor rural, o sistema de comercialização, ele está atingindo uma maturidade muito grande com essa questão do agrotóxico. Então de seis mil fiscalizações, apenas foram autuados 126. Então isso é um 1,8% das fiscalizações que a gente encontrou irregularidade. Então realmente isso demonstra que o homem do campo está atento à questão do agrotóxico e também de cunho ambiental, importantíssimos para o desenvolvimento do estado”, afirmou.
A maioria das irregularidades encontradas foram por trânsito de defensivos sem documentação, disposição inadequada das embalagens vazias de pesticidas, prestação de serviço na aplicação, tratamento ou no armazenamento de defensivos sem estar devidamente registrado junto ao Indea. A utilização de produtos sem respeitar as condições de segurança para a proteção da saúde humana e do meio ambiente também foi constatada.
A intenção do Indea é continuar fiscalizando e capacitando o setor quanto ao uso, armazenamento e descarte correto de defensivos em 2022. “[Vamos] continuar fazendo o trabalho que o Indea faz de educação sanitária, ou seja, ambientar todos os produtores do estado quanto aos perigos e as normas que existem para utilização e para o descarte de embalagens vazias de agrotóxicos”, disse Tomazele.
O diretor técnico do órgão também explicou como acontecem as fiscalizações. “A gente divide um ano em dois semestres. O primeiro semestre a gente foca muito na fiscalização do uso e quando a gente começa a verificar que já não tem mais o uso do produto, a gente começa as nossas fiscalizações no descarte da embalagem e também na forma como essas embalagens dos produtos agrotóxicos estão organizados e armazenados nas propriedades rurais. Então a gente fala de consciente, correto, com a forma segura de se usar agrotóxicos, que é uma ferramenta importantíssima para o manejo dentro das propriedades rurais, e depois a gente vem falando também e fiscalizando a questão do armazenamento, como deixar isso de maneira segura, que não vai afetar o meio ambiente. Isso porque o mato grosso realmente é um celeiro para o Brasil e é um exemplo também de negócio sustentável para todos os outros estados do país e também para o comércio que a gente faz para o exterior”.
Confira o programa Planeta Campo com a participação de Renan Tomazele: